Ter, 20/12/2005 - 15:28
Os mascaretos, criados pelos alunos das escolas da cidade, estiveram expostos naquela praça durante 15 dias e, no final de todas as actividades da Bienal, foram reduzidos a cinzas, para assinalar o fim de mais uma edição da Mascararte.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, esta iniciativa reuniu as várias associações culturais do concelho ligadas às festas de Inverno, bem como os jovens dos estabelecimentos de ensino secundário e superior da cidade.
A participação das várias entidades na Bienal leva o edil bragançano a fazer uma avaliação positiva do evento que, este ano, contou com a participação da máscara de Angola.
Máscara portuguesa
alia-se à espanhola
No entanto, esta iniciativa acabou por passar despercebida aos bragançanos que tiveram uma fraca afluência a este evento. Jorge Nunes justifica esta realidade com o aumento de eventos culturais que se têm vindo a realizar e com o facto da população se ausentar da cidade quando tem mais tempo livre, nomeadamente ao fim-de-semana.
O alargamento dos horizontes da Bienal da Máscara é um dos objectivos do autarca para as edições seguintes. “Este ano iniciamos a internacionalização do evento com a cultura da máscara angolana, nos próximos anos vamos continuar a convidar um país onde esta temática seja objecto de culto”, acrescentou Jorge Nunes.
Apesar do país que vai dar origem ao tema da 3ª Bienal da Máscara ainda não estar definido, o edil deixa no ar a hipótese das máscaras e mascarados da zona de Aliste, na vizinha Espanha, serem os convidados para a próxima edição da Mascararte.
O Museu da Máscara e do Traje também vai ser um impulso para aumentar a dimensão das festas de Inverno, através de parcerias que irão ser desenvolvidas com instituições espanholas.
A temática da máscara vai, ainda, ser dinamizada através de um projecto de cooperação transfronteiriça com apoios comunitários que, segundo Jorge Nunes, foi aprovado hoje.
Entre as componentes que fazem parte desta iniciativa destaca-se a candidatura da máscara transmontana a Património Imaterial da Humanidade.