Qualidade da água do distrito inferior à média nacional

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Ter, 24/10/2006 - 10:33


Segundo o relatório do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), que compila as análises efectuadas à água durante o ano passado, a qualidade da água que chega às torneiras no Nordeste Transmontano apresenta uma qualidade inferior à média nacional.

Esta situação verifica-se ao analisar a percentagem de análises em violação aos valores paramétricos estipulados no decreto-lei nº 243/2001, de 5 de Setembro. No distrito de Bragança, apenas os concelhos de Vimioso e Vinhais apresentam resultados abaixo da média nacional.
Já os municípios de Miranda do Douro e de Torre de Moncorvo atingem valores que se afastam do tecto nacional (fixado em 2,53 por cento), com 6,14 por cento e 5,18 por cento de incumprimentos, respectivamente.
Nos restantes concelhos os resultados rondam os 4 por cento, à excepção de Mirandela, que se aproxima da média nacional, com 2,51 por cento.
Apesar desta situação nunca ter posto em causa a saúde pública, os resultados demonstram que a qualidade da água que chega às torneiras da população do Nordeste Transmontano pode ser melhorada.

A qualidade da água que chega às torneiras dos transmontanos pode ser melhorada

Questionado sobre a situação em que se encontra o município de Miranda do Douro, o vice-presidente da Câmara, Américo Tomé, afirma que estes resultados são fruto da falta de sistemas de tratamento nalguns pontos do Mundo Rural, acrescentando que a própria população e Juntas de Freguesia não são muito permissivas à instalação desses equipamentos. Contudo, realça que se trata, apenas, de casos pontuais que nunca puseram em causa a saúde das populações.
Além disso, acrescenta que a implementação desses sistemas vai ser efectuada pela autarquia o mais breve possível.
Quanto ao município de Torre Moncorvo, o vice-presidente da autarquia, José Aires, afirma que a maior percentagem do incumprimento se verifica nas análises efectuadas nas freguesias de Açoreira, Felgar, Souto da Velha e Carviçais, que abastecem, apenas, 20,8 por cento da população do concelho e onde as entidades gestoras são as Juntas de Freguesia.
O autarca acrescenta, ainda, que a Câmara Municipal anda, há anos, a tentar resolver o problema “que não tem cobertura legal”.
Já no que concerne à percentagem de análises em falta, a maioria dos concelhos transmontanos encontram-se abaixo da média nacional (3,69 por cento), à excepção de Torre de Moncorvo que apresenta uma percentagem de 4,74 por cento.
Ao que foi possível apurar junto do IRAR, este relatório anual tem como principal objectivo melhorar a qualidade da água que é servida, diariamente, às populações.