Ter, 01/08/2006 - 14:54
Durante o primeiro semestre deste ano, a PSP registou um aumento da criminalidade na capital de distrito. Por isso, Bragança foi a cidade piloto eleita para implementar um programa de proximidade com os cidadãos para detectar situações problemáticas, evitando futuros focos de criminalidade.
“Escolhemos Bragança porque tem mais criminalidade do que Mirandela. Também há mais bairros problemáticos e um maior número de cidadãos com problemas de exclusão social”, acrescentou o comandante da PSP de Bragança, Amândio Correia.
Trata-se de um projecto de âmbito nacional, que foi criado através de um protocolo estabelecido entre o Ministério da Administração Interna e a Microsoft, em que a polícia vai trabalhar em conjunto com outras instituições, nomeadamente Instituições Particulares de Solidariedade Social e a própria Câmara Municipal.
Para já, os agentes vão receber formação, com início marcado para o próximo mês de Outubro, para, posteriormente, se implementar o projecto no terreno.
17 vagas por preencher
Com 130 anos de existência, Amândio Correia afirma que o comando de Bragança dispõe das condições necessárias para realizar o seu trabalho.
“As instalações são boas e o número de viaturas também é suficiente para realizarmos o nosso trabalho. Este ano, já recebemos 11 viaturas, nomeadamente seis carros ligeiros (quatro carros de patrulha e dois de investigação criminal) e cinco motociclos”, salientou o comandante.
Contudo, é ao nível dos recursos humanos que a PSP de Bragança apresenta mais fragilidades.
“O nosso quadro é composto por 201 profissionais, mas ainda temos 17 vagas por preencher. Além disso, ainda temos cerca de 18 agentes em regime excepcional e cerca de 20 elementos com condições de trabalho limitadas, dado que ficaram impedidos de pedir a reforma com a alteração da lei”, realçou o responsável.
Mesmo assim, Amândio Correia afirma que o número de agentes é suficiente para que a PSP de Bragança possa realizar o seu trabalho, acrescentando que, com um quadro de pessoal mais numeroso, a actuação da polícia poderia ser mais abrangente.
Agentes aperfeiçoam técnicas
A formação dos agentes é, igualmente, uma das preocupações do comando de Bragança. Segundo Amândio Correia, este ano, já receberam formação cerca de 48 elementos. Trata-se do aperfeiçoamento de conhecimentos e práticas ao nível das Técnicas de Intervenção Policial, bem como ao nível das Tecnologias da Informação.
Durante as comemorações, a Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos, sedeada em Mirandela, também fez algumas demonstrações.
Amândio Correia salientou, ainda, que esta brigada, que serve os distritos de Bragança e Vila Real, é a segunda equipa do País que tem apresentado mais trabalho, dado que entre 2005 e 2006 apreenderam 700 quilos de explosivos.
No que toca à PSP de Mirandela, com 56 anos de existência, o comandante afirma que é um serviço que não deve ser extinto. No entanto, acrescenta que, se o Governo deliberar o encerramento daquela esquadra, aceita tal decisão, visto que “tudo é reequacionável”, considera.