PS denuncia crise financeira em Alfândega

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Ter, 07/06/2005 - 15:07


A candidata à Câmara Municipal de Alfandega da Fé pelo PS, Berta Nunes, acusa o actual executivo de estar a endividar a autarquia local junto dos fornecedores e empreiteiros, mas também junto da banca.

A denúncia sobre a actual situação financeira da autarquia foi deixada na passada terça-feira, em conferência de imprensa, pela líder da oposição rosa no concelho.
Segundo a responsável política, a autarquia chegou ao fim do ano passado, com uma dívida superior a 1,9 milhões de euros, um valor que corresponde à verba anual disponibilizada pelo Orçamento de Estado para investimentos.
Berta Nunes mostra-se preocupada pelo facto da verba disponibilizada para este ano já estar, em grande parte, comprometida, para saldar as dívidas do ano passado.
“As obras que foram feitas dificilmente serão pagas neste mandato e, certamente, que chegaremos ao final deste ano com uma dívida ainda superior”, enfatiza a responsável política.
A candidata do PS reforça as críticas ao trabalho efectuado pela equipa de Carlos Figueiredo e afirma que, “em apenas três anos e meio, o PSD foi buscar à banca um empréstimo no mesmo montante que a equipa do PS, liderada por Manuel Cunha, pediu em 12 anos de governação”.

“Empresa Municipal é um bluff”

O aumento “desmesurado”das despesas correntes completa as críticas da oposição rosa.
“ Não há dinheiro para apoiar a iniciativa agrícola, mas há dinheiro para esbanjar em eventos como o ‘Challengers Trophy’ e a Feira da Cereja”, denuncia Berta Nunes.
A responsável afirma, mesmo, que a actual situação financeira da Câmara de Alfândega “é uma provocação para os alfandeguenses” e considera que o actual executivo “não se tem empenhado no desenvolvimento do concelho”.
“A empresa municipal, que em dois anos de existência ainda não tem um único produto certificado, é um bluff, tal como a anunciada vinda de uma fábrica da Renault para o concelho”, acrescentou a líder rosa no concelho.
A Comissão Política Concelhia do PSD já reagiu às críticas. “Não se trata de qualquer derrapagem financeira e nem estão em causa os investimentos dos próximos anos, até porque o endividamento não ultrapassa os 5 por cento”, garante Arsénio Pereira, líder do PSD-Alfândega.