Projectos estruturantes para Bragança

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Ter, 17/10/2006 - 16:09


Uma rede ciclável, um Centro Tecnológico Agro-Florestal e uma Aldeia Tecnológica são alguns dos 150 projectos que resultaram dos três fóruns de discussão realizados no âmbito da Agenda 21 Local de Bragança.

No último debate, na passada terça-feira, o auditório Paulo Quintela esteve quase vazio, mas os planos que deverão nortear as acções da Câmara Municipal de Bragança (CMB), durante os próximos anos, já estão traçados.
No que toca às ciclovias, prevê-se a criação de troços urbanos para uso quotidiano, dirigidas, essencialmente, aos estudantes, e corredores de lazer, com a requalificação de antigos troços que serão interligados aos percursos e espaços verdes requalificados no âmbito do programa Polis.
A primeira fase prevê a ligação entre a zona envolvente ao Instituto Politécnico de Bragança, Câmara Municipal, Complexo Desportivo do Académico e Instituto Superior de Línguas e Administração, seguindo até ao centro histórico e futura Circular Interna.
Posteriormente, será efectuada a ligação entre o antigo caminho-de-ferro (Circular Interna), o parque da Avenida das Forças Armadas, e a Avenida Cidade de Zamora, atravessando ou circundando o futuro Parque da Porta Norte.

Tecnologia virada para o Mundo Rural

No ramo da agricultura e indústria as conclusões apontam para a criação de um Centro Tecnológico Agro-Florestal, que deverá ser constituído por um núcleo de investigação tecnológica de apoio directo às instituições, empresas locais e regionais e agricultores.
O principal objectivo deste empreendimento é promover a implementação de projectos em estreita ligação com a economia local, incentivar a introdução de métodos e produtos inovadores no mercado, tendo por base o desenvolvimento do sector agro-florestal.
Mais virado para as aldeias propõe-se a implementação do projecto Aldeia Tecnológica, que tem como característica inovadora os “Centros de Aldeia Tecnológica”. Trata-se de espaços que funcionarão como um núcleo gerador de actividades educativas, culturais, sociais, de saúde, ócio, bem-estar e, até, de desenvolvimento.
Entre o universo dos 150 projectos destacam-se, ainda, a concretização de uma hierarquia de núcleos urbanos, um sistema multimodal, uma agência de desenvolvimento do Nordeste, um plano para o turismo sustentável e a aposta nas energias renováveis.
Dado que a concretização dos projectos não depende, apenas, da autarquia, o presidente da CMB, Jorge Nunes, afirma que o plano de acção deverá ser tido em conta durante os próximos anos, para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.