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Principais diferenças entre yoga e ginástica

Ter, 03/01/2006 - 15:42


O YOGA é um sistema Filosófico Aplicado (prático), encara o Ser Humano como um filho do Cosmos, Meio onde se criou e desenvolveu, com toda a complexidade inerente a esse Meio.

O YOGA trabalha o corpo, a sua energia, as emoções, a mente concreta, abstracta e artística, e outros planos mais elevados (over mind), através de exercícios biofísicos, psicorespitatórios, de relaxamento integrado, sonoros, de concentração, de meditação e ainda de mais sete Disciplinas técnicas (perfazendo 12) dignas no seu todo, da complexidade das facetas do Ser a quem são dirigidas.
A ginástica apenas adestra o corpo.

1. Ao serviço da mente – os exercícios físicos do YOGA são essencialmente mentais. A mente compreende e molda o corpo, que lhe obedece. A componente física dos exercícios visa, por ordem de importância, o sistema nervoso (com principal incidência para o autónomo), o aparelho endocrinológico, a oxigenação cerebral, os órgãos, os sistemas circulatórios, as articulações e os músculos. No YOGA as relações cérebro/corpo-mão e vice-versa são fundamentais.
Na ginástica trabalham-se os músculos e as articulações para, no máximo, se atingir o princípio “ mens sana in corpore sano”.

2. Respiração – no YOGA o Pránáyáma – exercícios respiratórios de influência energética e neurovegetativa, constituem uma vastíssima tecnologia respiratória que deve ser aplicada a cada situação e a cada fim em vista. Como a definição indica, as técnicas respiratórias visam, entre outros, o domínio dos centros respiratórios, funcionando o Pránáyáma como um “cavalo de Tróia”, através do qual os Yogui (lê-se Yougui) penetram nos centros de comando autónomos mais secretos da natureza humana. Os ritmos, e o seu poder, são igualmente muito explorados.
Utiliza-se todo o pulmão, principalmente a sua zona mais volumosa, a diafragmática. O ar residual é reduzido ao mínimo possível, respira-se em 4 fases (inspiração, paragem com os pulmões cheios, expiração, paragem com os pulmões vazios) e pelo nariz; respira-se até à célula.
Na ginástica, quase não é dada atenção à respiração, respira-se enfatizando os ápices pulmonares e a pare média dos pulmões, não se utilizando a restante capacidade pulmonar, a maior, dando pouca atenção a um investimento feito pela raça durante milhões de anos. Respira-se pela boca, os ritmos, quando os há, são pouco notórios.

3. Energia – no YOGA quase não existe dispêndio de energia. O binómio O2/CO2 – energia, é muitíssimo explorado, pretendendo-se até, que os praticantes mais adiantados, em vez de a gastarem a aumentem durante as suas práticas. Os relaxamentos em tensão (técnicas anti-stress) fortalecem o sistema imunitário.
Na ginástica tudo produz gasto de energia.

4. Paragem – no YOGA, através da paragem (quanto mais longa melhor) produzem-se, de forma optimizada, introspectiva e super consciente, os efeitos desejados. Não deve haver repetição do exercício, a vontade é temperada na permanência no ponto de máxima capacidade pessoal. O movimento é uma consequência Harmoniosa da paragem.
Na ginástica, o movimento (e a repetição) são essenciais, passando num instante pela posição máxima, onde o praticante de YOGA pára, permanece e evolui.

5. Harmonia e Gravidade – o estudo e domínio da primeira força Universal, a gravítica e a conquista do equilíbrio e da Harmonia de forma constante, são objectivos conscientes e pretendidos no YOGA.
Na ginástica, a beleza (e a harmonia que lhe é inerente) são uma consequência, “não procurada”, da boa forma resultante do exercício físico.

6. Aquecimento – No YOGA não existe aquecimento prévio. Tudo deve funcionar como na Natureza. Os alongamentos são feitos a frio, proporcionando um aumento real das fibras musculares, sem retracções subsequentes. Não existe produção de ácido láctico, o corpo é sempre atentamente escutado, não deve haver distensões ou outras lesões. O Yogui deve assim estar sempre preparado para agir no dia a dia (sem mandar parar tudo para aquecer previamente!).
Na ginástica um aquecimento inicial é fundamental para evitar lesões, dando também a errada impressão de um flexibilidade maior do que a que se possui na realidade, depois das fibras musculares arrefecerem.

Próximo artigo: Um pouco mais sobre a Associação Lusa de Yoga.