PORTELO renova igreja

A população, ansiosa pela recuperação do templo, meteu mãos à obra e, para além de ter contribuído com a quantia que podia, também ajudou nos trabalhos de restauro da igreja.
Este templo, com mais de 400 anos, nunca tinha sofrido qualquer tipo de intervenção. Por isso, as obras incidiram praticamente em toda a linha, desde o tecto, aos altares e ao aumento da sacristia, passando pela construção de um alpendre e de instalações sanitárias.
“A igreja estava bastante deteriorada, pelo que tiveram que ser feitas obras profundas. Do edifício antigo só ficaram as paredes, o resto foi tudo remodelado”, conta o pároco da aldeia, Pedro Samões.
Nos trabalhos de beneficiação do templo importa, ainda, salientar a construção de um telhado novo com telha de lousa, um material característico desta zona do Nordeste Transmontano.
O estado de deterioração em que se encontrava a igreja é enfatizado pelos populares da aldeia, que em dia de festa demonstravam a alegria pela concretização de um sonho.
“Fiquei muito contente com a realização destas obras na nossa igreja, porque sou muito religiosa”, salienta Maria da Conceição Cruz.

Igreja estava em ruínas

Esta habitante, de 77 anos, recorda a história da igreja onde costuma fazer as suas orações desde criança.
“Este templo foi construído há cerca de 400 anos por duas famílias de Montesinho que viviam aqui, que naquele templo era uma quinta. É uma obra muito antiga e com muito valor e era uma pena estar em ruínas, pois até os santinhos estavam podres”, sublinha Maria da Conceição Cruz.
Segundo Maria José, também habitante do Portelo, os habitantes desta aldeia têm uma grande devoção por S. Sebastião, porque antigamente as pessoas viviam da pastorícia e este santo é o protector das pestes dos animais.
A população decidiu, assim, pôr mãos à obra e fez um peditório para angariar dinheiro para a recuperação da igreja do Portelo.
Enquanto o templo esteve em obras, a missa decorria nas instalações da Casa do Povo. Seis meses depois, os trabalhos, orçados em cerca de 45 mil euros, foram concluídos e a missa da inauguração contou com casa cheia.
Para além dos donativos da população, que rondaram os 30 mil euros, o representante da Comissão Fabriqueira, David Pinelo, salienta que a Câmara Municipal de Bragança, os Serviços Florestais e a Junta de Freguesia de França, também deram o seu contributo para concretizar esta obra.