Pombas incomodam moradores

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Ter, 03/10/2006 - 14:48


Os moradores da zona da Estacada, em Bragança, dizem-se incomodados com o elevado número de pombas que se abrigam no antigo colégio do Sagrado Coração de Jesus, um imóvel devoluto.

Os dejectos das aves infestam o exterior das habitações, desde as janelas às varandas e telhados, chegando a causar entupimentos nos caleiros de escoamento das águas da chuva.
“Eu até gosto de ver as pombas, mas como são muitas sujam tudo. Metem-se por cima das persianas e sujam tudo, até a roupa estendida nas varandas”, afirmou Maria Domingues, uma habitante daquela zona.
O ruído das pombas é, igualmente, um problema que perturba o dia-a-dia dos moradores, na sua maioria idosos.
“Para além da sujidade e do mau cheiro que, por vezes, se faz sentir, quando começa a amanhecer não se consegue dormir com o barulho das pombas”, realçou Maria Rosa.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria (JFSM), Jorge Novo, a autarquia já mandou um ofício à Câmara Municipal de Bragança para solicitar ao proprietário do imóvel a resolução do problema.

Afastamento natural

“Temos consciência que não é um problema fácil de resolver, mas, através das medidas dos serviços de veterinária, estamos confiantes que vai ser arranjada uma solução para impedir que as pombas continuem naquele local”, acrescentou Jorge Novo.
Na óptica do responsável, o ideal seria restaurar o edifício, visto que, para além de melhorar a imagem daquela zona da cidade, também acabaria com o alojamento das pombas.
A par do ruído e dos dejectos, o autarca afirma, ainda, que as aves podem ser portadoras de doenças, pelo que se trata de uma medida de prevenção, tendo em conta os perigos para a saúde pública.
Confrontado com esta situação, o proprietário do imóvel, Manuel Gonçalves, afirmou que as pombas, que já andam por ali há muitos anos e também lhe causam problemas, visto que estão a infestar o imóvel com ninhos e dejectos.
“Para afastar as pombas de forma natural vou ter que tapar todos os buracos o mais rápido possível”, acrescentou o responsável.
Manuel Gonçalves salientou, ainda, que aquela zona não é a única onde há uma grande quantidade de aves, visto que a Praça Cavaleiro Ferreira e o Jardim António José de Almeida também servem de abrigo a um grande número de pássaros.