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Poluição preocupa o Cachão

Qua, 21/02/2007 - 10:18


Apesar do Complexo Agro-industrial do Cachão estar a laborar a meio gás, a população afirma que a poluição continua a afectar o dia -a -dia de quem vive na aldeia, pertencente à freguesia de Frechas (Mirandela).

“Há dias que o fumo parece nevoeiro e os cheiros não são nada agradáveis”, afirma uma habitante, que prefere manter o anonimato.
As partículas que vêem no fumo que paira no ar também incomodam os moradores. Todos dizem que há dias que a roupa que se encontra nos estendais fica toda suja com o lixo que cai do céu.
Há anos que a população do Cachão vive a braços com um problema de poluição, que se estende ao rio Tua, uma vez que as unidades do Complexo Industrial canalizam os efluentes para aquele curso de água, que passa mesmo ao lado das fábricas.
O presidente da Junta de Freguesia de Frechas, Jorge Pereira, confirma o problema da poluição, realçando que está do lado da população, pelo que já debateu este assunto na Assembleia de Freguesia.
Revoltados com esta situação, que se arrasta há décadas, um grupo de habitantes da aldeia já reuniu uma série de assinaturas, que serão encaminhadas para as autoridades ambientais como forma de descontentamento.
Jorge Pereira afirma que a poluição é uma preocupação com vários anos, uma vez que tarda a aparecer uma solução.

Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro garantem que a construção da ETAR do Cachão deverá avançar no final do ano

Dentro do Complexo Industrial, apenas, o matadouro possui uma ETAR, onde são tratados todos os resíduos produzidos pela unidade de abate. As restantes fábricas encaminham os esgotos para o rio Tua, sem qualquer tipo de tratamento.
Paulo Martins, director de serviços da Agro-industrial do Nordeste (AIN), a empresa pública que gere o complexo, afirma que o tratamento dos resíduos industriais é uma preocupação antiga, que deverá ser resolvida com a construção de uma nova ETAR ou com a ligação das fábricas à ETAR do matadouro. Dado que a AIN é sócia maioritária da empresa que gere a unidade de abate, criada em Outubro do ano passado, o lema da empresa é rentabilizar os recursos já existes.
Confrontado com esta situação, o presidente do conselho de administração da empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Alexandre Chaves, afirma que a construção da ETAR do Cachão deverá ser adjudicada no último trimestre deste ano.
O responsável realça que vai ser construída uma estação de tratamento de raiz, uma vez que os efluentes do matadouro são em grande quantidade e precisam de um tratamento específico.
A nova ETAR, que ficará dentro do Complexo, irá receber resíduos domésticos e industriais. No entanto, Alexandre Chaves salienta que há esgotos industriais que vão ter que sofrer um tratamento prévio, que terá que ser efectuado pelas próprias fábricas, e só depois poderão ser canalizados para a nova estação de tratamento.