Poemas lembram memórias do passado

A obra desta poeta transmontana foi apresentada no passado sábado, em Bragança, com a leitura de alguns versos pela autora e com a actuação do grupo “Cantares de Antanho”.
Lurdes Pires conta que o gosto pela escrita já nasceu com ela, mas foi na altura da vida que se sentiu mais sozinha que começou a escrever poesia. “Aos 73 anos fiquei viúva e sentia um vazio no coração. Então comecei por escrever uns poemas de saudade”, salientou Lurdes Pires.
Aos 80 anos de idade decidiu dedicar os seu quarto livro a vários episódios do quotidiano, ao mesmo tempo que recordou os tempos de antigamente e homenageou amigos e familiares.

Autora quer continuar
a escrever

Esta poeta transmontana nasceu na aldeia de Covelas, no concelho de Bragança, e, apesar de viver na cidade, conta que nunca esquece os encantos da sua terra natal, pelo que nas suas obras também dedicou alguns versos à aldeia de Covelas e às suas gentes.
Lurdes Pires considera-se uma defensora da preservação dos usos e costumes da sua terra e das suas gentes. Por isso, nos anos 80 resolveu fundar a Associação Cultural e Recreativa do Bairro da Mãe d`água, onde acabou por criar um grupo de rancho.
Recorde-se que o primeiro livro da autora intitula-se “Retalhos” e reúne os primeiros poemas de Lurdes Pires. Passados alguns anos nasceu a segunda obra com o nome “Rebouço” e posteriormente compilou o seu terceiro trabalho intitulado “Histórias e Factos”.
Este último livro compila poemas mas também conta com alguns capítulos dedicados à prosa, onde a autora descreve a cinegética transmontana, ao mesmo tempo, que faz alusão à preservação da natureza.
Depois de lançada a sua quarta obra, Lurdes Pires deixa a promessa de escrever o seu quinto livro, onde pretende condenar a forma como a sociedade trata as pessoas portadoras de deficiência.