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A pintar uma região

Ter, 01/08/2006 - 15:38


Quem visita Alfândega da Fé não deixa de reparar na toponímia da vila pintada em azulejo ou nos murais junto ao Centro Cultural alfandeguense.

Da autoria da empresa Azulejo Nordeste, estes trabalhos estão espalhados um pouco por todo o País. “Temos clientes deste distrito, das grandes cidades e, até mesmo, do estrangeiro”, informou o responsável da empresa, Armando Lopes.
Trata-se de um projecto lançado pela Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé (SCMAF), em 1999, no âmbito de um programa de inserção social.
O primeiro objectivo desta iniciativa era formar os trabalhadores e, após cerca de dois anos de aprendizagem, lançá-los no mercado de trabalho. Contudo, revelou-se uma aspiração difícil de concretizar. “Não existem empresas deste ramo na região e estaríamos a formar pessoas para o desemprego”, referiu Armando Lopes. Desde então, a Azulejos Nordeste desligou-se do programa e tem funcionado de um modo autónomo.
A par deste projecto, a SCMAF promoveu outros no âmbito da inserção social, como uma empresa de catering e outra de hortofloricultura.

Reconhecimento público

A empresa executa trabalhos de todas as dimensões e para vários fins. Contudo, segundo o responsável, as obras realizadas para o Simpósio de Pintura, que decorreu em Alfândega da Fé, foram o grande desafio para a Azulejos Nordeste.
“Foi um teste final às nossas capacidades e, depois disto, estamos à altura de executar qualquer trabalho”, assegurou Armando Lopes.
O Simpósio, no qual os profissionais da Azulejos Nordeste participaram, reuniu quatro artistas consagrados, que deixaram os seus trabalhos na vila.
A habitar na região, os cincos funcionários da empresa sentem-se perfeitamente integrados na vila e o seu trabalho é reconhecido entre os habitantes alfandeguenses. “Nunca tivemos nenhuma reclamação, uma vez que fazemos, sempre, o melhor que sabemos”, salientou Armando Lopes.
Apesar de ser uma empresa conhecida, o responsável afirma que o mercado da região é instável. “Tanto temos pouco trabalho como, de repente, aparecem obras que nos obrigam a fazer horas extras”, informou o artista.