Ter, 06/06/2006 - 15:22
Trata-se duma média superfície com dois mil metros quadrados ligada ao grupo Jerónimo Martins, que dirigiu uma proposta de instalação à Câmara Municipal de Miranda do Douro (CMMD).
A direcção da ACIMD, por sua vez, submeteu o projecto à apreciação dos associados, após terem sido explicados os prós e contras da abertura do supermercado.
Segundo o presidente da ACIMD, Artur Nunes, a maioria dos associados deu parecer positivo, situação que contraria as posições assumidas em diversas sedes de concelho, onde existem, igualmente, propostas para a instalação de médias superfícies, nomeadamente Mogadouro.
Apesar da maioria dos empresários mirandeses ter dado luz verde à abertura da unidade, ainda surgiram alguns votos contra, em especial de comerciantes ligados à venda de produtos alimentares.
Supermercado pode atrair espanhóis
Recorde-se que a actividade comercial de Miranda do Douro está muito virada para o país vizinho, dado que milhares de espanhóis acorrem àquela cidade fronteiriça para fazerem a sua compras. “Miranda do Douro é uma cidade com potencialidades em relação a outras sedes de concelhos limítrofes e não é à toa que um grupo empresarial desta dimensão quer instalar-se na cidade”, relembra Artur Nunes.
Acresce que são muitas as pessoas das regiões de fronteira que procuram os hipermercados espanhóis para fazerem compras, pelo que a instalação do “Pingo Doce” é vista como uma forma de manter divisas em Portugal. Por outro lado, há quem anteveja benefícios para o restante comércio de rua, já que o supermercado também contribuirá para atrair “nuestros hermanos”.
Já o presidente da CMMD, Manuel Rodrigo, recorda que, depois da proposta do grupo Jerónimo Martins ter sido apresentada, é necessário ouvir o parecer dos munícipes para tomar uma posição. “Temos consciência que a instalação deste tipo de superfície vai trazer complicações para alguns ramos do comércio tradicional, mas já há a informação de que não haverá comercialização de têxteis lar, calçado ou outros dos artigos que são a força do comércio local”, explica o edil.