Ter, 16/01/2007 - 10:26
Na passada terça-feira, ao final do dia, os vizinhos ouviram um estrondo, alegadamente provocado pela queda de uma parte da casa, pelo que alertaram as autoridades para o perigo que espreita para quem passa, diariamente, naquela artéria.
A zona envolvente à casa foi vedada, incluindo alguns lugares de estacionamento da rua Direita. Por isso, os comerciantes e moradores querem ver o problema resolvido o mais rápido possível, dado que a falta de estacionamento afasta as pessoas daquela rua.
Miguel Ferreira é dono de uma ourivesaria na rua Direita e mostra-se preocupado com a progressiva degradação dos edifícios na zona histórica. “Bragança está dividida em duas partes: uma está abandonada e a outra funciona em pleno. Eu vivo aqui desde 1998 e tenho assistido à degradação progressiva dos edifícios desta rua”, acrescentou este habitante.
Comerciantes dizem ser prejudicados com a diminuição dos lugares de estacionamento devido à vedação de segurança
Maria de Jesus, proprietária de um salão de cabeleireiro, afirma que o problema devia ser solucionado o mais depressa possível, uma vez que a diminuição dos lugares de estacionamento acaba por prejudicar os comerciantes.
“Há muitas lojas que já fecharam e outras continuam a fechar, porque assim os clientes não vêm. A Câmara é que devia fazer alguma coisa para alterar esta situação”, desabafa a comerciante.
Os empresários da rua Direita realçam que a Câmara Municipal de Bragança (CMB) devia intimar os proprietários das casas para recuperarem os edifícios, de modo a evitar futuras derrocadas e a melhorar a imagem da zona histórica.
Confrontado com esta situação, o vice-presidente da CMB, Rui Caseiro, afirmou que aquela casa devoluta não constitui perigo para a via pública, até porque foi sinalizada, apenas, por precaução.
A autarquia já notificou os proprietários da casa, que residem no Porto, para efectuarem obras no edifício. De acordo com a lei, os senhorios têm cinco dias úteis para tomarem as medidas necessárias à resolução do problema.