Pecuária no feminino

Natural de São Joanico (Vimioso), a criadora revela que, actualmente, só tem oito animais, mas que, mesmo assim, tem muito trabalho com os bovinos, uma vez que só tem a ajuda do seu marido. “Trato da casa e dos animais, mas não descanso”, informou Palmira Nunes.
Com sérios problemas de saúde, a criadora foi aconselhada a deixar de parte esta actividade, devido às graves consequências que pode acarretar. No entanto, revela que não é capaz de deixar de tratar dos animais porque é algo que faz com muito gosto. “Na casa dos meus pais já tínhamos bovinos e, por isso estou habituada”, recordou Palmira Nunes.
O porte imponente dos animais (alguns chegam a atingir os 700 quilos) não intimida a criadora que, com palavras, consegue conduzi-los para onde quiser. “Nunca tive nenhum problema com eles, uma vez que são muito mansos e obedecem ao dono”, frisou a criadora.
Apesar de todo o esforço e trabalho que esta actividade acarreta, Palmira Nunes revela que não é um negócio muito rentável, uma vez que têm muita despesa. “Vendemos os filhos dos animais à Associação de Criadores da Raça Mirandesa, mas não temos muito lucro, porque gastamos muito a tratar deles”, sublinhou a produtora.
Mesmo com algumas dificuldades à mistura, Palmira Nunes revela, com orgulho, que uma das suas vacas já foi campeã distrital. “Era um exemplar muito bonito”, salientou a criadora.
Actualmente, a produtora continua a participar em concursos de bovinos da raça Mirandesa, o que aconteceu, na passada quinta-feira, em Vimioso.