PCP festeja 85 anos em Bragança

Durante o discurso, o dirigente culpou as políticas dominantes pela crescente desertificação e abandono da região de Bragança. “O povo transmontano está condenado devido a uma má política”, sublinhou o responsável.
Segundo o líder comunista, os portugueses são penalizados pelo local onde nascem e onde vivem e, neste caso, considera que os transmontanos vão ser, ainda, muito “castigados”.
O tema do encerramento de serviços no interior, nomeadamente as escolas, também foi abordado por Jerónimo de Sousa. “A solução pedagógica é pegar nas crianças duma escola e colocá-las a muitos quilómetros de distância?”, questionou o responsável, salientando que estas decisões irão, também, encerrar as próprias aldeias que, deste modo, deixarão de ter vida social.
Para o dirigente do PCP, estas situações devem-se ao facto do Governo ver e analisar os números e os dados tendo por base os “cifrões”.
O responsável garante que a lógica do PCP não é a dos números, tanto mais os comunistas consideram a região “viável”, desde que sejam aproveitados as suas potencialidades e recurso naturais.
Em jeito de balanço, o Jerónimo de Sousa fez uma breve descrição da situação da população portuguesa. “O desemprego atinge níveis nunca antes vistos, os agricultores não são apoiados e os pequenos e médios empresários estão sujeitos a diversas pressões”, lamenta. Estes factores , na óptica do líder partidário, levam ao acentuar das assimetrias entre pobres e ricos, e pequenos e grandes.