Parque escolar atrasado

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Ter, 04/07/2006 - 15:32


Após o encerramento de 33 escolas no concelho de Bragança, o Parque Escolar não vai reunir as condições necessárias no início do próximo ano lectivo.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB), Jorge Nunes, a requalificação das escolas de acolhimento e a construção de infra-estruturas de raiz representam um investimento na ordem dos 5 milhões de euros, pelo que a maioria das obras só vai arrancar após as candidaturas dos projectos aos fundos do Quadro Estratégico de Referência Nacional.
Como as verbas só estão disponíveis a partir de 2007, o edil bragançano refere que o parque escolar só estará concluído daqui a dois anos, visto que é preciso ter em conta os prazos necessários para o lançamento de concursos e execução dos trabalhos.
“Tanto a autarquia como o Ministério da Educação tínhamos consciência que a implantação do processo da concentração de alunos no concelho de Bragança não seria possível efectuar de uma só vez, dada a dimensão e a dispersão de escolas”, acrescentou o autarca.

Falta de espaço obriga a horário duplo

Além disso, as autarquias também se viram obrigadas a fazer um ajustamento financeiro, dado que os 18 mil euros disponibilizados pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) ficam aquém do valor necessário para requalificar as escolas.
“Nós gastámos um valor superior ao que foi disponibilizado pela DREN só na substituição de portas e janelas”, salientou o presidente da CMB.
Na óptica de Jorge Nunes, a escola de Baçal é aquela que tem mais problemas ao nível da falta de espaço, pelo que a autarquia está a ponderar a ampliação ou a construção de um edifício de raiz. Mas, no início do próximo ano lectivo, os alunos vão ter que se adaptar às instalações que existem.
“Entre 2004 e 2005 foi desenvolvido um enorme trabalho nas escolas do concelho, quer por empreitada, quer por administração directa das equipas da Câmara. Mesmo assim, neste momento quase todas as escolas necessitam de trabalhos de requalificação”, esclareceu Jorge Nunes.
Por isso, a maioria das escolas vai funcionar em horário duplo, dado que não reúnem as condições necessárias para que as crianças tenham aulas no regime normal.
“Só na cidade, para resolver os problemas aos alunos que se vão concentrar aqui, é necessário construir 22 salas de aula. Ou seja, temos que construir dois núcleos novos”, concluiu o edil.