Ter, 24/01/2006 - 15:05
De acordo com os populares, já ocorreram vários acidentes naquela via, junto ao cruzamento da localidade, pelo que os habitantes acreditam que a colocação de placas pode evitar “tragédias”, tanto para os automobilistas como para os criadores de gado.
“Não percebo porque é que há placas junto a algumas aldeias e aqui não existe nenhuma. A maioria dos criadores de gado tem lameiros da parte de cima da estrada, pelo que são obrigados a atravessar a estrada todos os dias”, salienta Alípio Ferreira, pastor de profissão.
Apesar da travessia de animais naquele local ser uma realidade, não existe qualquer sinal de perigo para alertar os condutores que podem encontrar gado na estrada.
Aliás, na EN 15, entre a aldeia de Rossas e Bragança, encontra-se, apenas, um sinal desta categoria junto à aldeia de Rebordãos, uma situação que deixa indignados os criadores de gado de Paçó.
É que perto do cruzamento da aldeia já se verificaram vários acidentes, que, segundo os populares podiam ter sido evitados.
Placas aguardadas
há um ano
“Há cerca de dois anos já tive que pagar o arranjo de um carro por causa de um acidente com um animal meu, em plena hora do dia. Eu penso que este tipo de acidentes podia ser evitado com a colocação de sinalização neste local”, realça Ângelo Teles, criador de gado de Paçó.
Os habitantes da aldeia asseguram que são obrigados a atravessar a estrada com os animais, pois grande parte das pessoas tem os seus lameiros do outro lado da EN15.
Sendo assim, a prudência é a única arma para quem necessita de atravessar aquela via com o gado, diariamente, dado que os automobilistas não estão alertados para o perigo de encontrarem animais na estrada.
“Eu guardo animais há mais de 50 anos e sempre tive cuidado. Contudo, se os condutores tivessem a indicação que podem encontrar gado junto à aldeia já abrandavam a velocidade”, afirma Otília Pereira, que também se dedica à criação de gado naquela aldeia da freguesia de Mós.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Mós, Anselmo Martins, a autarquia já pediu a colocação de placas a escassos metros do cruzamento da aldeia de Paçó à empresa Estradas de Portugal (EP), mas sem sucesso.
O Jornal NORDESTE contactou o responsável da delegação de Bragança das EP, Cordeiro Fernandes, que remeteu os esclarecimentos para mais tarde.