Qua, 23/08/2006 - 09:57
Recorde-se que a interrupção da empreitada foi provocada por um acidente de trabalho que vitimou dois operatórios, quando estes procediam à descofragem de uma estrutura de suporte de uma placa de cimento com um vão de cerca de 300 m2.
Passados cerca de 45 dias após o acidente, a Inspecção-Geral do Trabalho (IGT), autorizou o recomeço dos trabalhos no bloco um, que engloba todo o edifício do solar, e numa outra frente trabalho designada por bloco três.
Fonte da IGT adiantou ao Jornal NORDESTE que o empresário responsável pelo empreendimento solicitou, há cerca de duas semanas, a autorização para o recomeço das obras no bloco dois, o local onde ocorreu a tragédia.
A mesma fonte acrescentou que foi solicitado um plano de trabalho para a remoção dos escombros existentes no bloco dois, dado que, por razões de segurança, a intervenção terá de ser entregue à IGT, pois “há perigo iminente de derrocada”.
Condições reunidas
Por isso, a IGT ainda não autorizou o recomeço dos trabalhos naquele sector do empreendimento.
Segundo o coordenador do projecto, Hirondino Isaías, houve alguns problemas financeiros para dar continuidade aos trabalhos, sendo este, também, um dos factores que ditou o atraso. Apesar de continuar a acompanhar a empreitada, o responsável cedeu aos sócios maioritários a quota de 10 por cento que detinha na empresa responsável pelo empreendimento.
Ao que foi possível apurar, já estão reunidas as condições financeiras necessárias para assegurar o avanço do projecto. Para tal, a sociedade promotora já terá reunido com a empresa de construção civil e com um equipa de engenheiros, com vista a avaliar toda a parte estrutural da obra e proceder às correcções necessárias.
“Para já, a obra não corre o risco de abandono e, nesta fase, está posta de lado a venda do empreendimento, hipótese que chegou a ser levantada a determinada altura”, garantiu Hirondino Isaías.