Ter, 14/11/2006 - 14:57
Esta situação está a surpreender a autarquia e a população, pois ninguém percebe porque é que a empreitada parou de um momento para o outro, bem como o facto de não se encontrar qualquer estaleiro de obra no local.
A EN 221 torna-se, assim, numa via perigosa, já que a sinalização é praticamente inexistente. Num troço de cerca de 14 quilómetros não há marcações no pavimento, há saliências nas camadas de alcatrão e os rails de protecção lateral não estão colocados, apesar de se tratar duma estrada sinuosa.
O presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada á Cinta, José Santos, afirmou que a única informação de que dispõe é que há um diferendo entre a empresa construtora e as Estradas de Portugal (EP).
Segundo o responsável da empresa Pavia, Timóteo Bouça, “as obras estão paradas porque foi rescindido o contrato entre a empresa e o Estado, devido à falta de pagamento das últimas facturas emitidas”.
Falta de pagamento de diversas facturas leva empresa a rescindir o contrato de execução dos trabalhos na EN 221. Estado responde na mesma moeda
O responsável acrescentou, ainda, que o diferendo entre as duas partes está em tribunal.
Por seu lado, as Estrada de Portugal alegam que a Pavia, “nos termos legais, não é credora do montante que alega haver mora”.
No entanto, a empresa pública também deu início ao processo de rescisão do contrato com a Pavia, devido a um “conjunto de situações que são da responsabilidade exclusiva da empresa de construção”, que levará o Estado a “exigir uma indemnização pelos danos causados”.
Confrontado com este facto, José Santos garante que a situação é inconcebível, já que as obras vão estar paradas durante alguns meses.
Orçados em 1,25 milhões de euros, os trabalhos arrancaram em Dezembro de 2004 e, quase dois anos depois, ainda não estão concluídos.