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O muro da discórdia

Qui, 29/06/2006 - 10:40


Apesar da polémica gerada em torno do muro que circunda o Museu Abade Baçal (MAB), o projecto de requalificação deste espaço cultural não vai sofrer qualquer alteração.

A garantia foi dada pelo director do Instituto Português dos Museus (IPM), Manuel Oleiro, em declarações à agência Lusa, após a Junta de Freguesia de Santa Maria (JFSM), em Bragança, ter apresentado uma moção contra o muro construído à volta do museu.
A altura da barreira, “nalgumas partes superior a 2,5 metros”, não agrada ao presidente da JFSM, Jorge Novo, que comparou o muro do museu ao de uma prisão de alta segurança.
Por isso, a JFSM aprovou uma moção, em finais de Abril, onde manifesta “profunda preocupação” com a situação. No documento, Jorge Novo reivindica à ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, a análise e correcção, tanto da delimitação do muro, que caracterizou como “inestético”, “inconcebível” e “inaceitável”, como do espaço ajardinado do museu.

Jardim adaptado para as crianças

Na óptica do autarca, as espécies existentes no jardim devem ser salvaguardadas, nomeadamente o buxo existente. Já o director do MAB, Neto Jacob, garante que as diferenças entre o antigo e o novo jardim não são significativas. Antes, garante o responsável, era “pouco flexível na forma e na funcionalidade”, enquanto agora vai ser adaptado para as crianças.
Quanto à altura do muro, Neto Jacob reuniu algumas fotografias para comparar o muro anterior e o actual.
De acordo com as imagens, onde o muro actual conta com 3 metros, antigamente tinha 3,45 metros, sem contar com a rede que aumentava a vedação em altura.
Além disso, há partes onde a barreira vai ter, apenas, 1,56 metros, menos 66 centímetros do que a infra-estrutura antiga.

Museu reabre no final de Julho

Apesar do presidente da JFSM defender a correcção do “muro da vergonha”, o director do IPM fez saber que não vai ser feita qualquer alteração, uma vez que a obra já se encontra em fase de conclusão.
O responsável salientou, ainda, que esta situação só faria sentido há cerca de um ano atrás, altura em que o projecto se encontrava em discussão e as entidades tiveram a oportunidade de se pronunciarem ou emitirem os seus pareceres.
Recorde-se que os trabalhos que estão em curso no MAB fazem parte da terceira e última fase das obras previstas para aquele espaço cultural.
Esta intervenção, orçada em mais de um milhão de euros, contempla o arranjo de algumas salas de exposições, dos serviços administrativos, bem como dos espaços exteriores.
Devido ao atraso na execução dos trabalhos, nomeadamente na parte da iluminação de algumas salas de exposições, o museu só deverá reabrir ao público em finais do mês de Julho.