Novo quartel?

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Ter, 10/05/2005 - 16:44


Foi numa curta tarde de Inverno que a Associação Humanitária dos Bombeiros de Torre D. Chama participou na assinatura de mais um protocolo com o Ministério da Administração Interna para a construção de um novo quartel na vila.

A necessidade é extrema, seguramente a mais premente no leque das 15 corporações de Bombeiros existentes no distrito de Bragança.
O novo acordo fez a Associação Humanitária acreditar, mais uma vez, na casa nova, passados seis anos após a assinatura de um protocolo algo semelhante, sem que nada tenha acontecido.
O acordo celebrado em 1999 levou o ex-secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho a desferir duros ataques aos seus antecessores, por terem assinado protocolos sem assegurarem a devida dotação orçamental.
O regresso ao passado, quase sempre de dedo em riste, foi uma das recordações que Paulo Pereira Coelho deixou da sua breve passagem por um curto Governo. Passados alguns meses, vê-se com que legitimidade falava o secretário de Estado.
O quartel dos Bombeiros da Torre D. Chama continua a marcar passo, apesar do governante ter garantido que o arranque das obras ia ser imediato.
O pior é que o protocolo foi homologado em Janeiro passado e, três meses depois, o futuro quartel continua como sempre esteve. Ou seja, não vai além duma placa no meio do terreno que foi cedido pela Câmara municipal de Mirandela para a construção do edifício.
Enquanto isso, os bombeiros da vila não têm hangar para guardar as viaturas, porque as actuais instalações não passam duma moradia adaptada para as necessidades dos soldados da paz.
Nada que estranhar. Em tempo de campanha ou pré-campanha eleitoral diz-se e assina-se muita coisa, mas nem sempre há a preocupação de cumprir.
O caso da Torre D. Chama não é único. Com os Bombeiros do Salto, concelho de Montalegre, passou-se exactamente o mesmo, com Paulo Pereira Coelho a merecer uma carta aberta, e nada meiga, em alguns jornais regionais.