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Nomeações contestadas

Ter, 09/01/2007 - 12:14


O Futebol Distrital está a passar por um momento controverso, devido às nomeações dos juízes para os jogos do Campeonato Distrital de Bragança.

Por norma, o Conselho de Arbitragem faz as nomeações à segunda-feira, mas, durante a semana e até nas viagens dos juízes para os campos onde deveriam apitar, são chamados para outros jogos à última da hora, uma situação estranha para a maioria das pessoas ligadas ao futebol.
Esta conjuntura não agrada aos juízes e, muito menos, aos clubes. Mas, o presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Bragança (AFB), Humberto Anes, considera que este é um procedimento normal para evitar pressões e tentativas de corrupção.
Humberto Anes diz mesmo: “Nós estamos aqui para servir o futebol e tomamos as decisões que achamos correctas para o bom desempenho dos árbitros. Não há mais nada a dizer sobre este assunto. Não estamos a servir os clubes, mas sim um futebol saudável”.
Já os dirigentes estão totalmente contra esta decisão de Humberto Anes. Por exemplo, o presidente do Águia de Vimioso diz que, com este tipo de atitudes, a corrupção pode ser bem mais visível e não ajuda o bom desempenho dos árbitros. O dirigente afirma, ainda, ter muitas razões de queixa, mas já passou por algumas situações menos claras, daí não estar de acordo com a tomada de posição do Conselho de Arbitragem na forma como está a processar a nomeação dos juízes.

Juízes e dirigentes temem desconfianças e suspeitas de corrupção com as alterações nas nomeações

A mesma opinião é partilhada pelo presidente do Sendim, André Almendra. “ Estar a trocar os juízes cria desconfiança, principalmente quando estes estão de viagem para um campo e à última hora são desviados para outros”, acrescentou o dirigente.
O presidente e treinador do Argozelo, António Forneiro, é claro: “ Eles é que mandam, mas não me parece boa ideia”.
Os próprios juízes e alguns órgãos da Associação são muito críticos em relação a esta forma de nomear e desnomear. É que, se à segunda-feira o associado de um clube consultar a internet para saber quais os juízes que vão dirigir um determinado jogo e depois, no campo, vê outro árbitro, dá azo a suspeitas de corrupção.
O presidente da AFB, Jorge Nogueira, está desalentado com toda esta situação e pondera mesmo tomar uma atitude radical que, para já, está no segredo dos deuses.