Na era da competitividade

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Ter, 11/10/2005 - 15:16


É inequívoco e todos os economistas são unânimes em afirmar que os problemas económicos que o nosso país atravessa só poderão ser resolvidos se houver um crescimento real da capacidade competitiva empresarial, na cena internacional.

As empresas como as instituições públicas deverão pautar-se por regras claras de exigência e disciplina de rigor orçamental. Sabe-se que, este período pré-eleitoral, não é muito propício para estas recomendações, contudo e enquanto os governos não tomarem estes assuntos como verdadeiros desígnios nacionais, correm o risco de hipotecar o desenvolvimento económico do país e de gerações sucessivas.
Portugal vive hoje um sentimento de impunidade, de facilitismo, de incumprimento por todas as regras da ética, da justiça e da moralidade sócio-política. Caminhamos a passos largos para o limite.
Vivemos num mundo global, em que os padrões de exigência são altíssimos, vivemos na era da competitividade, em que países nossos parceiros têm taxas de crescimento económico substancialmente mais elevadas que a nossa, inclusivamente a Grécia e os países de Leste, recém-chegados à União Europeia.
Queixamo-nos de falta de produtividade dos nossos trabalhadores. E os nossos governantes, são eles produtivos?
São estes escolhidos e/ou eleitos tendo em conta premissas de qualidade de trabalho, sentido ético e postura cívica, moral, rigor e exigência?
Estes são requisitos que o próximo candidato presidencial vai garantir ao povo português. Não tenhamos medo da exigência, do rigor, da postura de autoridade do Prof. Cavaco Silva, são qualidades que todos os Portugueses lhe reconhecem, são qualidades que todos os Portugueses, no seu íntimo, percebem e assumem que façam parte do perfil e da personalidade do próximo Presidente da República.
Se o Prof. Cavaco Silva for eleito Presidente da República poderão, os mais incautos, ficar descansados, porque ele desempenhará as suas funções de Presidente da República dentro e com todo o respeito pelas normas constitucionais.
Será um Presidente interventivo com certeza, um Presidente que se fixará nos problemas reais deste país e na sua resolução.
Quem tem medo deste Presidente?

Alfedo Ribeiro