Museu Escola em Paçó

Aos visitantes são dadas a conhecer as ferramentas tradicionais utilizadas no cultivo e tratamento do trigo, do vinho e nas lides da “lavoura”. Uma cozinha antiga e um tear, com os respectivos artefactos, estão também expostos no museu.
Dinamizado pela Associação Promotora da Qualidade de Vida, o projecto foi concretizado graças ao trabalho voluntário de gentes da terra e dos objectos por eles cedidos, em conjunto com a Câmara Municipal de Bragança, que contribuiu com alguns materiais de construção. Após o empréstimo das ferramentas, cada doador fez, segundo os seus próprios conhecimentos, uma pequena descrição das mesmas. Desta maneira, as novas gerações, que pouco ou nenhum contacto tiveram com este quotidiano antigo, podem aprender um pouco mais acerca da cultura da terra.

Museu com função pedagógica

Segundo o recém-eleito presidente da Associação local, Amílcar Lopes António, “esta iniciativa foi uma forma de preservar o espaço, dando-lhe uma função social”. Toda a população da aldeia contribuiu com algo para este projecto, fosse com o próprio esforço físico, na remodelação do espaço, com os objectos para a exposição ou com a recolha de cantigas que decoram algumas das paredes da antiga escola.
O museu está repleto de recordações de outros tempos, trazidos até hoje através dos artefactos cedidos pelos populares. “Fica um registo para todas as pessoas. É a preservação de memórias”, defende Amílcar Lopes António.
Em termos pedagógicos, como adianta o membro da Associação, “está aqui um saber -fazer que se perdeu e seria interessante a visita de escolas da região para que pudessem aprender o tal saber – fazer”.

População apoia a iniciativa

O projecto teve a participação de todos os habitantes de Paçó Rio Frio, fosse com trabalho manual ou com o empréstimo de objectos tradicionais. Quando questionados sobre esta iniciativa os moradores têm uma opinião bastante positiva. Uma popular da aldeia, Maria Helena Matos, considera, “muito boa esta transformação da escola em museu”. E avança, ainda, que o projecto“vai valorizar a terra, pois pode trazer mais gente até cá”.