Museu em mudança

PUB.

Ter, 24/01/2006 - 14:56


O museu Abade Baçal, em Bragança, está a sofrer obras no espaço exterior e nalgumas salas de exposições, para proporcionar aos visitantes um leque de actividades mais diversificado.

Estes trabalhos inserem-se na terceira e última fase das obras previstas para o museu, criado no edifício do antigo Paço Episcopal de Bragança e na antiga Casa José Faria, onde se encontram reunidas várias peças históricas da região e de toda a zona Norte de Portugal.
A intervenção, aguardada há cerca de três anos, visa a remodelação dos serviços administrativos, o arranjo final da sala de exposição permanente e de várias salas de exposições temporárias, bem como a requalificação dos jardins exteriores. A reordenação do espaço exterior prevê a criação de actividades naqueles lugares dos anos 50, como por exemplo a realização de espectáculos musicais e acções escolares.
A par da ampliação dos jardins, os trabalhos também vão incidir nos muros do museu, para que este seja mais visível à comunidade.
Recorde-se que a primeira fase das obras no museu Abade Baçal decorreu entre 1992 e 1994, ao nível da requalificação de cerca de dois terços do edifício do antigo Paço Episcopal, ao passo que a segunda intervenção foi levada a cabo na Casa José Faria e nalguns espaços do Paço Episcopal do museu, já no ano 2000.

Visita começa no
espólio da região

Após a concretização desta última intervenção, prevista para o próximo mês de Junho, a entrada e o percurso do museu também vão ser alterados. “A entrada vai passar a ser feita pelo edifício da Casa José Faria, ao passo que o percurso museológico vai ter uma lógica diferente. A visita vai ter início na sala onde está reunido o espólio de todo o distrito de Bragança, para avançar depois para as salas da arqueologia, da numismática e da arte”, acrescentou o director do museu, Luís Jacob.
Esta intervenção, orçada em cerca de um milhão de euros, também vai contemplar os equipamentos para as salas das reservas, bem como o material para as salas de exposições.
“Também vamos dedicar uma sala à faiança portuguesa dos finais do século XVIII e XIX da zona Norte do País, para enriquecermos o espólio do museu”, salientou Luís Jacob.
Apesar do museu ficar concluído com esta terceira intervenção, o responsável sublinha que a ampliação do espaço e a criação de mais valências são metas a atingir no futuro.
“Ainda temos a ambição de adquirir outra casa pequena, que só já tem uma fachada e fica na continuação da Casa José Faria, para fazer um pequeno bar e alargar as salas do museu”, acrescentou o responsável.
O museu Abade Baçal, que recebe cerca de 10 mil visitantes por ano, vai, agora, encerrar ao público durante cerca de um mês e meio, para a concretização das obras.