Ter, 16/01/2007 - 10:09
O jovem sucede a António Mourinho, que não esteve presente na cerimónia de recepção ao novo responsável do museu.
O ex-director deixa o lugar a dois anos de passar à reforma, após um concurso público que acusa de “falta de transparência e isenção”. Na hora da despedida, Mourinho não hesitou em revelar que, ao longo dos últimos oitos anos, foi vítima de “perseguição e injúria” por parte da direcção do IPM.
António Oleiro, contudo, desvaloriza as acusações. “As declarações de António Mourinho foram infelizes. Só encontro explicação para tal atitude pelo facto de haver uma ligação afectiva entre o anterior director e o museu”, alega o responsável, e acrescenta: “não quero alimentar mais polémica. O assunto está encerrado, pois o concurso foi transparente”.
Novo director, que promete fazer uma interligação entre a população e museu.
Polémicas à parte, Paulo Sérgio Gorjão já tem uma estratégia para os primeiros tempos, que passa por solicitar uma vistoria ao imóvel que alberga o museu, onde as deficiências são notórias. Recorde-se que a recente queda de parte do beiral do edifício causou prejuízos numa viatura estacionada nas proximidades.
A falta de meios financeiros é outra das preocupações do novo director do museu, que se mostra optimista, apesar de tudo. “É sempre possível fazer algumas coisas mesmo como meios reduzidos. Basta ter criatividade”, salientou Paulo Sérgio Gorjão.
O museu Terras de Miranda foi fundado em 1982, pelo então padre António Maria Mourinho. Ao longo de 25 anos de existência foram recolhidos e catalogados um sem número de peças que fazem parte da cultura mirandesa, trabalho que foi reconhecido pelo director do IPM.
Aliás, a língua, folclore e história locais serão alguns dos principais pontos de interesses do novo director, que promete fazer uma interligação entre a população de Miranda e museu.