Ter, 03/10/2006 - 15:32
Aquando do início dos trabalhos, no final de 2004, foi estabelecido o prazo de um ano para a concretização de todas as etapas necessárias à elaboração do POPNM. No entanto, as dificuldades apresentadas pelos técnicos na obtenção de informação ao nível da conservação da natureza, da geologia e da cartografia obrigaram ao alargamento do prazo da conclusão do documento.
Segundo o director do Parque Natural de Montesinho (PNM), Jorge Dias, alguns trabalhos demoraram mais tempo do que o previsto, pelo que na primeira reunião da Comissão Técnica de Acompanhamento (CTA), que decorreu em Julho do ano passado, foi decidido prolongar o prazo de elaboração do POPNM até à conclusão de todos os trabalhos.
O IPB já entregou a proposta de ordenamento, no passado mês de Julho, mas o futuro POPNM ainda está a sofrer alguns ajustes, que resultam da cooperação entre os técnicos do IPB e do PNM.
Plano facilitará gestão
De acordo com Jorge Dias, o documento já se encontra na fase final, para ser apresentado à CTA ainda durante este mês.
Após o aval da comissão, o plano estará disponível para Consulta Pública, seguindo-se a publicação em Diário da República.
Na óptica de Jorge Dias, a falta de um Plano de Ordenamento é uma das maiores “lacunas” do parque, visto que, actualmente, a gestão é feita através de um decreto regulamentar com regras genéricas para toda a área do PNM.
“O Plano de Ordenamento representa um salto enorme na gestão da zona protegida. O documento vai definir diferentes zonamentos com regras específicas para os diferentes pontos”, acrescentou o responsável.
Além disso, Jorge Dias considera que o novo regulamento é fundamental para mudar a mentalidade das pessoas em relação ao parque, uma vez que passa a existir um documento do conhecimento público que pode ser consultado em qualquer momento. “Muitas vezes havia desconhecimento do decreto regulamentar”, remata o responsável.
Para já, ainda não são conhecidas as novas regras do PNM, sabendo-se, apenas, que a regulamentação irá ser acompanhada de orientações para a gestão futura da área protegida.