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Montaria bate recorde

Ter, 20/12/2005 - 15:16


O número de animais mortos na montaria ao javali que decorreu, no passado sábado, na zona de Rabal bateu o recorde de todas as caçadas que já foram efectuadas naquele território.

Durante a montaria, composta por 36 caçadores, foram abatidos 13 javalis, um número que deixou os participantes satisfeitos com o resultado do dia de caça.
Segundo o presidente da Junta de Rabal (JFR) e presidente da Assembleia-geral da Associação Caça e Pesca do Coroto (ACPC), Paulo Hermenegildo, o número de animais mortos supera a média nacional, tendo em conta o número de “portas” no terreno.
“Por vezes fazem-se grandes montarias e matam-se poucos porcos. Desta vez, com poucas armas conseguimos matar um número elevado de javalis”, acrescentou o responsável.
Luciano Pires é caçador há mais de 40 anos e confessa que esta foi a maior caçada em que já participou naquela zona do Nordeste Transmontano. A paixão pelo monte e o convívio com os amigos são os principais motivos que levam este caçador a passar um dia inteiro pelos montes e vales da região.

Abandono da agricultura
é preocupante

Estas montarias, organizadas pela ACPC em parceria com a JFR, têm uma particularidade em relação às outras caçadas realizadas na região.
Nesta iniciativa, os participantes não dão qualquer honorário e a participação é restringida a caçadores convidados, pelo que o dinheiro angariado com o leilão dos porcos é utilizado para a realização de actividades futuras.
Na caça ao javali, a organização dos caçadores é fundamental, para que o terreno onde vão actuar seja bem demarcado. A posição das armas na mancha, que é definida previamente pelos caçadores, e a entrada das matilhas no terreno são as principais técnicas que têm que ser cumpridas à risca, para que a caçada termine da melhor maneira.
Segundo o presidente da ACPC, José Lourenço, as montarias são uma acção de correcção da densidade de javalis, que são os responsáveis pela destruição de grande parte das culturas dos agricultores.
O abandono da agricultura no Nordeste Transmontano é uma das preocupações de José Lourenço, visto que altera o funcionamento do ecossistema. Para colmatar esta situação, a ACPC está a efectuar algumas sementeiras, para que os javalis não abandonem a zona por falta de comida.
O bom resultado efectuado nesta montaria vai levar a associação a organizar outra caçada já no início do próximo ano.