Moncorvo reivindica Museu Mineiro

O orador e encarregado do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, Nelson Campos, sublinhou a importância deste património enquanto herança de valor cultural e a necessidade de preservar esse legado para as gerações futuras.
Assim, a patrimonialização dos vestígios da “civilização industrial”, como máquinas, infra-estruturas e minas, deve avançar urgentemente, de forma a evitar o abandono. Consequentemente, deve valorizar-se a ideia de criação de “Museus ao Ar Livre”, onde estarão expostas peças que, devido à sua grandeza, não se podem instalar nos equipamentos tradicionais.
O estudioso enaltece a importância de parques mineiros que podem integrar e envolver as populações residentes, preservando identidades e memórias. Estas infra-estruturas abrangem os vestígios da mineração, como minas, sistemas de transporte e habitat de mineiros.
Nelson Campos aponta a necessidade em melhorar a exposição permanente do Museu do Ferro, bem como a reorganização do Centro de Documentação, com um arquivo sobre os ferreiros e mineiros.
Já em articulação com o Museu Mineiro, o responsável defende, entre outras estratégias, a inclusão do Castro da Cigadonha (Carviçais), um povoado fortificado da Idade do Ferro. No entanto, é necessário avançar com a realização de um projecto de investigação arqueológica, uma vez que é um dos locais mais importantes no concelho a este nível. Para o estudioso, o Castro da Cigadonha poderia ser aproveitado para o sector turístico, com a implementação de trilhos pedestres e bicicletas.