Ter, 16/05/2006 - 14:26
Na cerimónia esteve presente a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, uma das responsáveis pela concretização deste projecto ansiado há vários anos pela associação.
A governante afirmou que, quando visitou o Nordeste Transmontano, no final do ano passado, ficou com uma grande vontade de ajudar os utentes da APPACDM, bem como as suas famílias.
No entanto, a associação teve que reformular o projecto inicial de acordo com a verba disponibilizada pelo Governo.
“Nós temos recursos que devem ser postos ao serviço daqueles que necessitam. Mas quando o passo é maior que a perna acabamos por não cumprir os objectivos a que nos propomos”, realçou Idália Moniz.
Recorde-se que esta obra custou mais de 688 mil euros, um valor comparticipado pelo Estado em 300 mil euros. A Câmara Municipal de Mirandela contribuiu com cerca de 200 mil euros, ao passo que os restantes 93 mil euros ficaram a cargo da instituição.
14 utentes em lista de espera
Contudo, a dívida deste equipamento ainda não está saldada, visto que ainda falta pagar 37 mil euros ao empreiteiro, pelo que a presidente da direcção da APPACDM, Narcisa Castro, alertou as entidades para as dificuldades financeiras da instituição.
Perante o apelo, a secretária de Estado alertou a representante da associação para a abertura das candidaturas ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), criado para apoiar as instituições que desenvolver trabalho social.
Narcisa Castro afirmou que vai apresentar uma candidatura, mas deixou um apelo ao Governo para não lançarem as instituições transmontanas nesses programas e depois não disponibilizar verbas para a região.
Além disso, a responsável também apelou à urgência do estabelecimento de um protocolo com a Segurança Social, para a construção do lar da APPACDM, visto que se encontram 14 utentes em lista de espera para ingressarem nesta valência.
O presidente da Câmara Municipal de Mirandela, José Silvano, enalteceu o trabalho levado a cabo pela instituição, mas salientou que não é possível iniciar um novo projecto sem concluir aquele que ainda está em curso.
Já Narcisa Castro afirma que o desafio começa agora, principalmente porque a lista de espera na área da deficiência mental é enorme e o número de nascimentos com este tipo de problemas tem aumentado.