MIRANDA com sabor

No certame estiveram presentes mais de 70 expositores que trouxeram ao centro histórico o que de mais genuíno se faz naquele concelho. As raças autóctones tiveram, igualmente, um papel principal, já que são muitos os visitantes que ali se deslocam para apreciar a posta à mirandesa, o cordeiro mirandês assado na brasa e os enchidos, que nesta altura do ano, proporcionam autênticos manjares.
Para além da tradição gastronómica esteve, ainda, presente a etnografia local, onde os pauliteiros e gaiteiros marcaram o arranque do certame.
A edição deste ano ficou, igualmente, marcada pelo nevão que assolou a região do Planalto Mirandês. Mesmo assim, foram muitos os forasteiros vindos de ambos os lados da fronteira que, resistindo ao frio, se deslocaram àquela cidade raiana e dela saíram com o estômago reconfortado.
Paralelamente ao certame, houve ainda um programa dedicado à inauguração de monumentos e apresentação de produtos agrícolas, como foi caso do novo vinho da Adega Cooperativa Ribadouro, em Sendim, com o rótulo “ Ribeira do Corso”.

Sendim lança vinho

De acordo com José Almendra, um dos membros da direcção daquela cooperativa, este é o primeiro Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (VQPRD) lançado no mercado pela adega sendinesa. Para tal foi seleccionada uma série de vinhas, de modo a produzir um néctar de qualidade.
No aspecto cultural, o dia ficou marcado com a inauguração de um conjunto escultórico da autoria do escultor António Nobre. O monumento em bronze foi colocado na Praça D. João III, em homenagem às gentes da Terra de Miranda.
Segundo António Nobre, trata-se duma justa homenagem ao povo mirandês, que inclui, em cada personagem, tudo aquilo que é mais genuíno em termos de usos e costumes da região.
Já no final dos actos oficiais, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, garantiu que este certame “é importante para promover tudo aquilo que é mirandês”.
No campo turístico foi aberto o percurso pedonal da beira-rio, o qual complementará a área ribeirinha do rio Fresno, que está a sofrer obras de requalificação.
Como nota final, ainda não foi este ano que o certame decorreu no já prometido pavilhão multiusos, devido a problemas com a elaboração do Plano de Pormenor.
Confrontado com o adiamento deste equipamento, Manuel Rodrigo garantiu que, no próximo ano, o festival já vai decorrer no novo espaço.