À minha INFÂNCIA

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Qua, 03/05/2006 - 15:45


És tu, criança de outrora, que me sussurras ao ouvido as recordações felizes da minha meninice, que só eu ouço.

Foste um ser desejado pelo que levaste muita alegria ao ninho da tua infância.
Eras uma menina calma, alegre, sem emotividades abissais.
Os teus ascendentes nunca pouparam palavras para te declararem o seu amor.
Brincaste, viajaste, sorriste, sonhaste nos Natais como todas as crianças. Foste sempre muito curiosa. Gostavas de copiar símbolos que vias e decifrá-los junto dos familiares. Sempre tiveste uma grande empatia com os livros, em detrimento de outras brincadeiras.
Eras muito ternurenta e foste rodeada de amor, verdade, carinho e franqueza de sentimentos.
Os teus pais, sempre disponíveis, foram tolerantes mas nunca permissivos, ouviste alguns “nãos” devidamente fundamentados. Conversavam muito contigo e faziam-te notar o positivo e o menos bom da vida.
A criança que foste fez de mim a adolescente que sou hoje, que prefere não pensar nos problemas, mas nas soluções.

Ana Catarina Lourenço Ribeiro