Ter, 31/01/2006 - 15:58
Esta feira, considerada pela organização como “a rainha do fumeiro”, representa um volume de vendas que ronda os 1,2 milhões de euros, o que corresponde a mais de 60 toneladas de enchidos transaccionadas durante aquele evento característico da Terra Fria Barrosã.
Durante quatro dias, a vila de Montalegre recebeu forasteiros oriundos de diferentes pontos do País do estrangeiro. Um grupo de emigrantes dos Estados Unidos deslocou-se ao Barroso, propositadamente, para visitar o certame, pelo que a Câmara Municipal de Montalegre (CMM) patrocinou a viagem a estes visitantes a partir do aeroporto Sá Carneiro.
A par dos graúdos, também os mais novos marcaram presença na Feira do Fumeiro. Vários estabelecimentos de ensino da região levaram a cabo uma jornada lúdica, para proporcionar aos mais novos um dia dedicado à gastronomia do Barroso.
O negócio é o ponto alto deste certame que, nesta edição, contou com a inscrição de 138 produtores.
Gastronomia regional em foco
Com a expansão da Feira do Fumeiro, também as cozinhas tradicionais licenciadas para a confecção de enchidos têm proliferado na região do Barroso. Neste momento, já existem 16 cozinhas num raio de 50 quilómetros, responsáveis pelo escoamento de centenas de quilos de fumeiro.
Para além da venda directa na Feira, também a restauração contou com casa cheia. Os visitantes do certame passaram pelos restaurantes da vila para degustarem as ementas confeccionadas à base dos produtos derivados do porco e da tradicional e afamada vitela barrosã.
A XV edição da Feira do Fumeiro e do Presunto do Barroso contou, ainda, com a presença de figuras do actual Governo, nomeadamente o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, e o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Rui Nobre Gonçalves.
A inauguração do evento, na passada quinta-feira, foi marcada pela visita de Vieira da Silva que ficou satisfeito com o cartaz gastronómico e com a qualidade dos produtos apresentados na Feira.
Durante a sessão solene que antecedeu a Feira, o presidente da CMM pediu “mais ajuda” ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, para um concelho fortemente abalado pela desertificação, pelo envelhecimento da população e por um elevado índice de analfabetismo e insucesso escolar.