class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-165307 node-type-noticia">

            

Memórias do mau tempo

Ter, 16/01/2007 - 10:16


Se estivessem à espera da ajuda financeira por parte de alguma entidade, a família Rodrigues nunca teria conseguido recuperar a sua casa, em Vila Boa d e Ousilhão, no concelho de Vinhais, que, em Dezembro de 2002, foi invadida por um monte de terra.

Destruída parcialmente, a habitação foi reconstruída com a ajuda de mão-de-obra de vizinhos e amigos e com os recursos da família emigrada na Alemanha. “Gastámos cerca de 75 mil euros e, apesar de termos recorrido a diversas entidades, só pudemos contar com o auxílio de pessoas que contribuíram com o seu próprio trabalho”, recordou um dos filhos daquela família, Jorge Rodrigues.
Durante uma semana e meia, o agregado foi obrigado a alojar-se em casa de familiares, uma vez que a sua residência corria o risco de desabar, pelo que havia uma certa urgência em começar com os trabalhos de recuperação. “A minha família trabalha na área da construção civil, pelo que facilitou bastante as obras”, referiu o responsável.
Além da casa, um caminho que servia de passagem aos habitantes daquela aldeia ficou intransitável após a enxurrada que atingiu a localidade em 2002. No entanto, há cerca de um ano, a Junta de Freguesia de Vila Boa de Ousilhão (JFVBO) restabeleceu o atalho. “Foi uma obra conjunta e restaurámos vias que se encontravam danificadas”, salientou o autarca local, Rui Madureira.
Recorde-se que, em Dezembro de 2002, a família Rodrigues, a passar a quadra natalícia em Vila Boa de Ousilhão, encontrava-se na cozinha da habitação quando, às 20.30 horas, ouviram um grande estrondo. “O meu pai abriu a porta e já não a conseguiu fechar com a quantidade de terra que entrava por ali dentro”, recordou Jorge Rodrigues.
As cinco pessoas que se encontravam em casa fugiram, com receio de uma derrocada ou desabamento do edifício. “Não sabíamos se a terra da encosta ia continuar a cair e a habitação corria o risco de cair, pelo que saímos imediatamente”, sublinhou o responsável.