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Mecanização da apanha da castanha é o futuro

Seg, 10/11/2014 - 09:35


Muitos produtores ainda não têm os soutos preparados para apanhar com máquinas

Há cada vez mais produtores de castanha no concelho de Bragança a apostar na mecanização da apanha da castanha. Os agricultores recorrem às máquinas para colmatar a falta de mão-de-obra e também para aumentarem os lucros, diminuindo os custos.
Eduardo Portela é produtor de castanha em Samil, no concelho de Bragança, e não tem dúvidas que a mecanização é o futuro na apanha da castanha. Para já, diz que ainda não compensa comprar uma máquina, porque grande parte dos castanheiros ainda não produz, mas já está a preparar os soutos, deixando de os lavrar, para que quando aumentar a produção poder recorrer à mecanização.
Temos que nos mecanizar, porque é a única possibilidade de o agricultor poder tirar algum rendimento. Se não estiver mecanizado a mão-de-obra fica cara e não há. A jeira oscila entre os 40 e os 50 euros. No fim, o dinheiro que as castanhas dão vão para a apanha. Em anos maus como este não compensa mesmo”, constata o produtor.
Duarte Afonso, produtor de castanha na freguesia de Rebordãos, partilha da mesma opinião. “Ainda apanho com mulheres, mas acho que a máquina compensa”, afirma o agricultor.
A falta de mão-de-obra é outro dos problemas com que se depara este produtor. “Hoje já não há quem queira trabalhar. Uns dias dizem que vão, outros já não vão e a castanha tem que se apanhar. Por isso, temos que apostar nas máquinas”, afirma Duarte Afonso.
A máquina custa cerca de 13.500 euros, mas para ser rentável os soutos precisam de estar relvados. “A máquina recolhe 400 quilos por hora, o que equivale a mais do que uma mulher diária a apanhar a castanha”, realça Manuel Meles, empresário do sector em Bragança.
No âmbito da Norcaça, Norpesca e Norcastanha foi feita uma demonstração com a máquina de aspiração num souto em Samil, para que os agricultores pudessem ver como funciona o equipamento.