Ter, 28/03/2006 - 14:25
O projecto, uma parceria da Universidade de Aveiro (UA) com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), dirige-se a estudantes de todos os ciclos de ensino básico e secundário, de 29 escolas de todo o País.
No distrito de Bragança, o CAIXAmat, além da capital, passou, também, por Izeda, Vimioso e Sendim, onde recebeu a visita de cerca de 750 jovens.
A iniciativa incluiu competições de matemática, onde os alunos tinham 15 minutos para passar os cinco níveis que lhes eram propostos. Após o desafio, a cada vencedor era atribuído um pequeno prémio.
A actividade, segundo a responsável pelo Projecto Matemática Ensino (PmatE), Cláudia Rego, não pretende ensinar nada de novo aos jovens, antes pelo contrário. “Iremos tentar despertar o gosto pelas ciências, associando um misto de ensino tradicional às novas tecnologias”, salientou a coordenadora.
Para isso, o CAIXAmat colocou à disposição dos alunos computadores e equipamentos interactivos, de modo a criar um ambiente estimulante que incentivasse os mais novos ao estudo e descoberta das ciências.
Quando a Matemática é problema
Para Cláudia Rego, a maior dificuldade reside na falta de motivação e no desinteresse dos alunos face às ciências. “Não encontram nenhuma aplicabilidade prática para a matemática, além de a acharem muito difícil”, explicou a responsável.
Já para o docente de Matemática, José Vieira, constata uma falta de estudo generalizada nas salas de aulas. “Há muitos interesses fora das aulas, o que faz com que as crianças estudem cada vez menos”, avançou o professor.
Na óptica do responsável, iniciativas como a CAIXAmat são bastante importantes para aproximar os jovens às ciências. Contudo, poderiam, ainda, ser promovidas outras actividades junto dos alunos. “Deviam ser divulgados os grandes pensadores e as suas obras, de forma a mostrar aos estudantes que nada se consegue sem muito esforço e sem trabalho”, sublinhou José Vieira.