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Marques Mendes em Vinhais

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Ter, 12/09/2006 - 16:18


Vale das Fontes, no concelho de Vinhais, foi o local escolhido pelo PSD para a realização de uma festa distrital que, anteontem, contou com a presença do presidente do partido, Marques Mendes.

Recebido por população local, simpatizantes e militantes do partido, o responsável teceu fortes críticas ao Governo. “Apesar de serem o motor da nossa economia e as criadoras de postos de trabalho, as pequenas e médias empresas são abandonadas”, disparou o responsável. Tratam-se de políticas seguidas pelo executivo que Marques Mendes condena, uma vez que “prometem novos investimentos, mas, depois, ficam no papel”.
O facto de Portugal não acompanhar o ritmo de crescimento é, também, motivo de preocupação para o dirigente, que defende que “a nossa economia deveria progredir cerca de três por cento por ano, para nos aproximarmos da União Europeia”. Caso esta perspectiva não se verifique, Portugal corre o risco de “ser ultrapassado por todos os países e, assim, ficar na cauda da Europa”, sustenta o responsável.
As reformas da Segurança Social (SS), enquanto garantia do futuro dos actuais trabalhadores e jovens, foram, também, abordadas pelo dirigente social-democrata. “Com a proposta do Governo, perdem os que já estão a descontar e os que ainda nem começaram a trabalhar, revelando-se, assim, uma incerteza quanto ao futuro”, lamenta Marques Mendes.

Extinção do interior

A eliminação de serviços foi abordada pelo presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Adão Silva, que teceu fortes críticas à atitude da Administração Central. “O Governo está a ter mão pesada neste distrito e representa a figura de carrasco para a população de cá”, referiu o dirigente.
Para ilustrar esta afirmação, Adão Silva falou do encerramento da maternidade de Mirandela e de outras valências hospitalares na região. “As pessoas vêem serviços encerrar, assim como equipamentos da saúde e, isso é dar um passo para a extinção do distrito”, acusou o dirigente.
A atitude do ministro das Obras Públicas, durante uma visita à região, que advinhou o fim das aldeias e vilas do distrito foi, também, criticada por Adão Silva. “Esta afirmação não tem fundamento, porque há gente, nestas terras, à espera da sua oportunidade”, garantiu o social-democrata.