Mariano Gago defende fusão do IPB com UTAD

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Qui, 29/06/2006 - 10:15


Após o repto lançado, na semana passada, pelo deputado socialista, Mota Andrade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, também defende a articulação entre o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

“ Há dois anos atrás, defendi que se a reitoria da UTAD fosse colocada em Bragança, para tornar as questões de articulação entre as duas instituições mais simples. Na altura, a minha posição até foi entendida como uma graça”, enfatizou Mariano Gago, à margem do debate que decorreu, na passada quinta-feira, em Bragança.
Na óptica do responsável, é necessário especializar as instituições de ensino superior, à semelhança do que já acontece noutras regiões do País, nomeadamente em Aveiro e no Algarve.
“Dependendo dos cursos que existirem e da sua especialização poderá haver necessidade de articular a Universidade com o Politécnico, ou seja, as universidades terem dentro de si escolas universitárias e escolas politécnicas”, esclareceu Mariano Gago.

“Instituições devem trabalhar em conjunto”

A racionalização de recursos humanos e técnicos é o argumento apresentado pelo ministro, que defende que duas instituições localizadas na mesma região têm, obrigatoriamente, de trabalhar em conjunto.
“Não é razoável termos instituições a poucas dezenas de quilómetros de distância, cada uma delas com poucos alunos, a trabalharem nas mesmas áreas”, acrescentou o governante.
O responsável pela tutela do Ensino Superior garantiu, ainda, que não vai ser criada mais nenhuma instituição pública de ensino superior (Universidade ou Politécnico), alegando que, para o número de alunos existente, há um número de instituições muito grande.
Por isso, Mariano Gago defende que a fusão de estabelecimentos de Ensino Superior deve ser estudada caso a caso, tendo em vista a qualidade da preparação dos alunos para o mercado de trabalho.
“O objectivo é fazer com que os alunos que frequentam os cursos em Portugal saiam tão bem preparados como se tivessem feito os mesmos cursos nos países mais desenvolvidos da Europa”, concluiu o ministro do Ensino Superior.