Ter, 04/04/2006 - 15:04
Com uma capacidade de armazenamento de 5 387 000 metros cúbicos, esta é a maior infra-estrutura de armazenamento de água do Nordeste Transmontano, pelo que pretende colmatar os problemas de seca que costumam lesar os agricultores do sul do distrito, nomeadamente em anos onde a pluviosidade é escassa.
A barragem da Ribeira Grande Arco vai ficar situada no bloco sul do Vale da Vilariça, servindo uma área de cerca de mil hectares de campos de cultivo. Trata-se, por isso, de um complemento ao bloco norte, composto pelas albufeiras de Santa Justa, Salgueiro e Burga.
Após as chuvas que caíram no Nordeste Transmontano durante o mês passado, as barragens de regadio do distrito de Bragança registaram um aumento do volume de água armazenada.
Água aumenta nas albufeiras
De acordo com os dados disponibilizados pela Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM), as nove barragens destinadas à rega de campos agrícolas já atingiram valores de enchimento superiores àqueles que se verificaram na mesma época do ano passado.
Apesar da seca que está assolar o País, este ano as albufeiras estão nos 26,5 por cento da sua capacidade máxima de armazenamento, ao passo que na mesma época do ano passado registavam, apenas, 15 por cento.
A barragem de Prada, no concelho de Vinhais, é a única do distrito que já encheu completamente. No entanto, também é a que tem uma capacidade de armazenamento mais reduzido (261 mil metros cúbicos).
Quanto às infra-estruturas que servem o Vale da Vilariça também se tem verificado um aumento do líquido armazenado. No passado mês de Janeiro a Burga registava, apenas, 90 mil metros cúbicos (5 por cento da capacidade total), um número que subiu para os 310 mil no final do mês passado.
Seca assola região
No reservatório do Salgueiro a água ocupa 30 por cento da capacidade total daquela infra-estrutura, ao passo que a barragem de Santa Justa, que fechou as comportas no início do mês de Fevereiro, já alcançou 16 por cento da sua capacidade total de armazenamento.
No concelho de Alfândega da Fé, as barragens da Camba e da Estevaínha registam 47,8 e 41, 1 por cento da sua capacidade máxima, respectivamente.
No que toca à zona de Bragança, a albufeira de Gostei também já apresenta números bastante satisfatórios face ao ano de seca que se atravessa. Enquanto em Janeiro marcava, apenas, 8,1 por cento da sua capacidade total, em Março os números ascenderam aos 20,7 por cento.
Apesar dos níveis do volume de água nas albufeiras transmontanas terem aumentado, a seca ainda pode afectar os campos agrícolas do Nordeste Transmontano, principalmente no sul do distrito.