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Luta e dança invadem Bragança

Qui, 29/06/2006 - 10:50


A cidade de Bragança acolheu, no passado fim-de-semana, o 1º Festival de Capoeira.

Durante dois dias, cerca de 80 atletas de todo o País rumaram à capital de distrito do Nordeste Transmontano, para animarem os bragançanos, com
música, dança, luta e a magia da capoeira.
Segundo António Farias, mais conhecido nas rodas da capoeira como Contramestre Pernalonga, o elevado número de alunos que praticam esta modalidade desportiva foi o motivo que levou à realização do 1º Festival de Capoeira em Bragança
“Neste momento, temos cerca de 50 alunos a aprender capoeira nesta cidade”, acrescentou o capoeirista.

Música, dança e luta

Apesar deste desporto ter chegado ao Nordeste Transmontano há, apenas, um ano, já são muitos aqueles que se deixaram levar por este desporto composto por um misto de música, dança e luta.
“O intuito do evento é incentivar, cada vez mais, os atletas, a prática da capoeira e melhorar o treino. Reunimos muitos professores e, cada um, traz um ritmo e uma música diferentes, permitindo aos atletas experimentarem movimentos novos”, salientou o Contramestre.
No entanto, o capoeirista realça que acima da dança e da luta está o desporto. Por isso, os alunos desta modalidade são treinados para praticar uma modalidade desportiva que congrega a dança, o ritmo e a luta.
Por isso, todos os desafios começam com um aperto de mão e terminam com o mesmo gesto.
A música é o instrumento de diálogo entre os elementos do grupo durante um espectáculo de capoeira. “ Se há alguém no grupo que, por exemplo, está de braços cruzados, nós vamos cantar uma música para alertar essa pessoa”, acrescentou o Contramestre Pernalonga.

Capoeira para crianças especiais

O birimbau, o atabaque e o pandeiro, associados ao sotaque brasileiro, são os ingredientes necessários para a música que acompanha os movimentos dos capoeiristas.
Enquanto o dia de sábado foi dedicado aos espectáculos e à gravação do primeiro DVD do grupo, que decorreu no Castelo, a tarde de domingo foi dedicada à atribuição dos galardões a 23 alunos.
Após alguns meses de treino, 15 praticantes receberam o baptismo, com a atribuição da primeira corda, que o torna capoeirista.
A segunda corda, que indica que o praticante está a desenvolver muito bem a capoeira, foi atribuída a oito elementos do grupo.
Com a implementação da capoeira em Bragança, o Contramestre Pernalonga afirma que está a ser desenvolvido um projecto para trabalhar com crianças especiais.
“Eu trabalho num Centro de Reabilitação, em Vila Nova de Gaia, com crianças especiais e tem dado muito resultado. Por isso, o nosso objectivo é tentar implementar um projecto deste tipo na cidade de Bragança”, concluiu o capoeirista.