LOUSA promove produtos da terra

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Qua, 24/08/2005 - 15:30


O volume de vendas na IV edição da Feira de Produtos da Terra e Artesanato Local da Lousa, no concelho de Torre de Moncorvo, bateu recordes face aos anos anteriores.

Este ano, a organização do certame apostou num maior leque de produtos da terra, que estiveram expostos desde a passada sexta-feira até ao dia de ontem, na sede da Associação Cultural e Recreativa (ACR) daquela localidade.
Durante quatro dias, o mel da Lousa, o vinho, o melão da Vilariça e o queijo foram os produtos mais procurados pelos visitantes, que se deslocaram de diferentes pontos do País para encontrarem os produtos tradicionais da Lousa.
Segundo o presidente da ACR, Virgílio Tavares, passaram por esta Feira centenas de pessoas, desde emigrantes, a pessoas da terra que vivem no litoral e até forasteiros que se deslocaram de várias cidades para provarem as iguarias do concelho de Torre de Moncorvo.
A qualidade é a principal aposta desta iniciativa, pelo que as vendas, principalmente dos produtos da terra, bateram recordes durante a edição deste ano.

Produtos da terra esgotaram

De acordo com os dados fornecidos pela organização o mel, a cebola, o tomate e a batata esgotaram antes do encerramento da feira. Além disso, também os produtores do vinho, do queijo e do melão tiveram que reabastecer o seu espaço, devido à grande procura destes produtos.
O artesanato local atraiu, igualmente, os visitantes que procuravam, sobretudo, os tradicionais cestos e canastras em madeira de castanho.
Para o futuro Virgílio Tavares perspectiva que esta feira sofra um crescimento não só em quantidade, mas também em qualidade. “A nossa ideia é crescer e apostar em produtos locais que possam ser o motor do desenvolvimento económico da Lousa e da região”, acrescentou o presidente da ACR.
Promover os produtos “reis” da região, como é o caso do melão da Vilariça, e reviver as tradições artesanais da Lousa, como por exemplo a arte de canastreiro, durante este certame é um dos objectivos da organização para os anos seguintes.
“Na primeira edição tivemos cá artesãos a trabalhar ao vivo, mas os incentivos são poucos e não conseguimos manter esta tradição durante as próximas edições”, realçou o responsável.
Virgílio Tavares lamentou, ainda, o facto de haver profissões tradicionais da Lousa que têm os dias contados, dado que os mais velhos vão perdendo as forças e os mais novos não seguem os passos dos seus familiares.