Loteamento encravado

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Ter, 24/01/2006 - 14:53


O loteamento da Quinta dos Lagares, em Vila Flor, ainda não viu nascer a primeira casa casa, apesar de estar concluído há cerca de dois anos.

A urbanização foi criada pela autarquia local para dar resposta à carência de terrenos para construção na vila, mas problemas burocráticos têm atrasado a venda dos lotes.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Vila Flor (CMVF), Artur Pimentel, o processo de legalização dos terrenos esbarrou em problemas de ordem familiar do antigo proprietário do terreno, que estão em vias de ser ultrapassados. “Neste momento, o processo de legalização do loteamento já se encontra na fase final, pelo que já estamos a preparar o regulamento para a venda dos terrenos, que deverá ter início ainda durante este ano”, garantiu o edil.
O loteamento de Vila Flor, com uma área de cerca de sete hectares, representa um investimento de 1,5 milhões de euros destinado à construção de casas em banda, geminadas, isoladas e prédios com baixos comerciais.

Lotes vão a leilão

De acordo com Artur Pimentel, os terrenos para a construção das casas geminadas e isoladas vão ser vendidos em leilão, tal como os lotes para a construção dos prédios, que serão entregues ao empreiteiro que oferecer um valor mais alto.
Já os espaços destinados às casas em banda terão um preço estipulado pela autarquia, que também está a ponderar a hipótese de dar prioridade aos jovens na compra destes lotes.
A falta de iniciativa privada e a carência de terrenos para construção na vila levaram a autarquia local a investir no loteamento da Quinta dos Lagares, que pretende atrair habitantes para uma zona de expansão de Vila Flor.
Artur Pimentel garante que o empreendimento é fundamental para a localidade, visto que há muita gente, inclusive residente no estrangeiro, à procura de um espaço para construir na vila.
O autarca, no entanto, reconhece que vai ser difícil vender todos os lotes a curto prazo e diz mesmo que o projecto “foi criado a pensar no futuro”.
O loteamento, concebido para 145 habitações, já tem iluminação pública, saneamento básico, passeios e acessos alcatroados.
A par das habitações, a urbanização vai ter um equipamento de utilização colectiva, que ainda não está definido, e um terminal para transportes públicos.
Numa segunda fase vai, ainda, ser construído um parque infantil, a par de diversos arranjos urbanísticos.