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Lar de idosos encerrado

Qua, 26/04/2006 - 10:25


A Casa de Repouso de S. Lázaro, em Bragança, foi encerrada na passada terça feira por falta de licença e condições de segurança.

Após uma acção interposta pelo Centro Distrital de Segurança Social de Bragança (CDSSB), o tribunal ordenou o encerramento do lar, que naquela data acolhia cerca de 20 utentes.
Com a ajuda de diversos veículos dos Bombeiros Voluntários de Bragança e de duas Viaturas de Emergência Médica e Reanimação, cerca de metade dos idosos foram transferidos para o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vinhais e para o Centro Social e Paroquial de Santa Comba de Rossas. Os restantes utentes regressaram à casa das respectivas famílias.
Segundo a directora do CDSSB, Teresa Barreira, as instituições escolhidas para acolherem os idosos transferidos “reúnem todas as condições para darem uma resposta de qualidade”.
De acordo com a responsável, que acompanhou a operação de encerramento, a Casa de Repouso de S. Lázaro estava a funcionar sem licença e alvará há cerca de cinco anos. A situação já tinha levado os serviços da Segurança Social a notificar a proprietária do lar, a quem foram aplicadas algumas coimas.
“A instituição não tem licenciamento e só isso já justifica uma intervenção destas”, explicou Teresa Barreira, acrescentando que a falta de elevadores foi outra das irregularidades detectadas.

“Foi sempre bem tratada”

Alguns dos funcionários contactados reconhecem a necessidade de algumas correcções, em especial obras para facilitar a mobilidade dos mais velhos, ao passo que alguns familiares dos utentes não se cansam de elogiar o serviço da Casa de Repouso agora encerrada. É o caso de Carlos Raposo, filho duma senhora que se encontrava na instituição há cerca de cinco anos. “A minha mãe entrou aqui após ter um AVC, quase pele e osso, e hoje fala, vê, ouve e come, porque aqui foi sempre muito bem tratada com todas as condições”, revela o filho da utente.
Confrontada com a decisão de encerramento, a proprietária da Casa de Repouso, Lúcia Belo, explicou que nunca conseguiu ter licença de funcionamento porque o Loteamento do Sabor também não tem alvará.
O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, desmente as afirmações da proprietária, ao garantir que o loteamento tem licenciamento, mas apenas para a construção de habitações uni familiares.
De acordo com o edil, para poder licenciar o lar de idosos, Lúcia Belo deveria ter requerido a alteração do alvará do loteamento, um processo que a proprietária só terá iniciado na passada terça-feira, através de ofício dirigido à CMB.