Ter, 28/11/2006 - 11:56
A nova lei para o sector da olivicultura entrou em vigor no início do ano, obrigando os lagares a implementar o sistema HACCP já nesta campanha.
Segundo o tesoureiro da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes (AOTAD), Francisco Pavão, existem cerca de 45 inscrições de lagares da região a solicitarem a implementação do HACCP.
O universo da região ascende a 114 lagares, mas o responsável afirma que parte deles já estão a introduzir o sistema por iniciativa própria. “Ainda faltam alguns sócios solicitarem este serviço, mas alguns também costumam deixar andar até à última hora”, salientou Francisco Pavão.
O responsável garante, ainda, que a AOTAD, além das sessões de informação e esclarecimento que efectuou, também enviou uma carta para explicar aos sócios as alterações à lei que regulariza o sector.
Quem não implementar o HACCP no início da campanha, incorre em coimas que podem ir até 3740 euros, para pessoas singulares, até 44 890 euros, para entidades colectivas.
Na óptica de Francisco Pavão, as condições de higiene dos lagares tem vindo a melhorar ano após ano, devido à fiscalização efectuada no âmbito do processo de licenciamento.
Com a implementação do HACCP, todos os procedimentos levados a cabo durante a transformação têm que ser registados, garantindo assim uma maior segurança alimentar.
Por isso, Francisco Pavão defende que, para a aplicação deste sistema ser um sucesso, é necessário haver um envolvimento de todos os intervenientes, desde o produtor ao embalador.