Ter, 28/03/2006 - 14:26
Promovidas pela Câmara Municipal de Bragança (CMB) e pela Junta de Freguesia da Sé (JFS), em colaboração com a Escola Superior Agrária de Bragança, as actividades foram desenvolvidas nas escolas de Izeda, Augusto Moreno e Paulo Quintela, estas duas Bragança.
As acções de sensibilização consistiram numa palestra de informação e alerta, onde os mais novos puderam questionar os oradores e, também, mostrar o seu conhecimento face ao tema em abordagem. “Queremos contribuir para criar uma geração futura sensibilizada para a racionalização e poupança da água”, explicou o vice-presidente da CMB, Rui Caseiro.
Numa região ameaçada pelo problema da seca, o essencial é alertar e “insistir nas crianças, pois muitos dos mais velhos não estão habituados a praticar um consumo racional da água”, salientou o autarca.
Assim, a organização espera que, através dos jovens, também os seus pais e professores sejam consciencializados para o problema que a falta e poluição da água representa. “A partir da sensibilização das crianças, pretendemos fazer com que hajam recursos suficientes para as gerações vindouras”, sublinhou Rui Caseiro.
Bragança em risco
Na óptica do presidente da JFS, Paulo Xavier, as acções de sensibilização visam chegar aos adultos através das crianças que, nesta idade, “já têm noção do problema da água e já podem fazer uma reflexão sobre o assunto”.
Segundo Rui Caseiro, enquanto não avançar a construção da barragem das Veiguinhas, a população de Bragança estará, sempre, em risco de sofrer com a seca. “Teremos sempre o coração nas mãos, porque nunca saberemos como vai ser o Verão seguinte”, lamenta o autarca.
Para o responsável, ainda que se promovam acções de sensibilização e alerta junto das populações, é indispensável um sistema de abastecimento à cidade, que colmate as lacunas do actual, que se revelado insuficiente. “Não se vislumbra outra alternativa que não seja a construção da barragem das Veiguinhas”, defende o vice-presidente da CMB. Esta medida, na óptica de Rui Caseiro, é a mais viável económica e geograficamente. “Devido à sua localização, não teríamos despesas com a bombagem da água, que viria por gravidade”, explica o autarca.
Além de contornar o problema da seca, o responsável recorda que a barragem das Veiguinhas também contempla a produção de energia, “o que se revela duplamente vantajoso para ao município”.