Ter, 31/01/2006 - 15:52
Segundo o edil mirandelense, a empresa que está a elaborar o estudo para a construção da albufeira já apontou duas possibilidades para a localização da barragem, uma das quais contempla a inundação do troço da linha ferroviária entre o Tua e o Cachão.
O autarca garante que não se está a insurgir contra a construção daquele empreendimento, mas sim contra a liquidação da linha ferroviária do Tua, o único troço de linha férrea em funcionamento em todo o distrito de Bragança.
“Se a linha do Tua ficar submersa, acaba definitivamente o sonho de Trás-os-Montes voltar a ter uma ligação ferroviária”, acrescentou José Silvano.
Quota inferior evita
submersão da linha
Caso a barragem no Tua seja construída com uma quota inferior, que não interfira no funcionamento do metro de superfície que faz a ligação entre Mirandela e o Tua, o edil mostra-se favorável à construção daquela infra-estrutura, que representa um investimento avultado para a região.
Já o presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, Eugénio Castro, sublinhou a importância da barragem para o desenvolvimento daquela região transmontana e desdramatiza a possível submersão da linha ferroviária.
A conciliação das potencialidades turísticas que podem advir da construção da albufeira com os visitantes que chegam através do metro de superfície, é um dos argumentos usados pelo autarca de Carrazeda para justificar a construção daquele empreendimento.
Recorde-se que o início da obra, que representa um investimento de 237 milhões de euros, está previsto para 2009, para entrar em exploração passados cinco anos.