Jorginho e mais 9

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Ter, 30/01/2007 - 17:54


As duas equipas entraram em campo balanceadas para o ataque. O Mãe D’ Água com uma táctica virada para o controlo da posse de bola e o Argozelo com as alas bem abertas, explorando a velocidade dos extremos e a mobilidade de Hugo, pelo que os visitantes entraram muito bem no jogo, praticando um futebol concentrado e simples.

Aos 23’, Nelson pega na bola, corre vários metros e, já, dentro de área é derrubado pelo lateral Alves. Na sequência do lance, Alves viu o amarelo e o camisola 17 quebra o penalti superiormente, não dando chances a Armando. A jogada que originou a grande penalidade foi veemente contestada pelos locais, apupando exageradamente o árbitro.
O golo abriu o jogo e o Mãe D’ Água explorou ao máximo a qualidade técnica de Jorginho para criar desequilíbrios. Deste modo, aos 30’, Jorginho, com toda a sua técnica, prende três adversários e faz uma assistência para o golo de Amândio, que surgiu em pés de lã nas costas da defesa argozelense. Os homens de Argozelo reclamaram fora-de-jogo, mas Luís Santiago, já tinha apontado para o centro do relvado.
Volvidos 7’, Alves vê o 2.º amarelo e a consequente expulsão, numa entrada impetuosa sobre o irrequieto Nelson.
Marcelo e Genésio fizeram, então, recuar Amândio para lateral direito e passaram a jogar num 4X4X1, só com Jorginho lá na frente. O Mãe D’ Água, que sofreu 4 expulsões em dois jogos, lutava, agora, pelo 1.º lugar com uma unidade a menos e ainda faltavam mais de 50’.
Apesar de algum nervosismo do lado bragançano, as equipas foram para intervalo com um emotivo 1-1.
O público que se deslocou ao CEE ia fazendo contas ao campeonato, pois se a turma local perdesse, o Morais poderia ficar com uma vantagem de 4 pontos sobre o Mãe D’ Água, possivelmente decisiva. No entanto, os visitados partiram para uma exibição de encher o olho, mesmo reduzida a dez, com um futebol mais fluido, rápido e de pé para pé. Os vice-líderes do Distrital encostaram os adversários à sua área defensiva e, na sequência de um livre da meia direita, Bruno Karones cabeceia determinadamente para o 2-1.
Uma vantagem justa, até ao momento, pois os visitantes perderam alegria no seu jogo e deixaram as individualidades dos rivais à solta. Por isso não admira que o Mãe D’ Água tenha dominado, na íntegra, os segundos 45’. De resto, ainda falhariam um penalti, por Migalhão. No entanto, Jorginho, não conformado com o 2-1, fez das suas e pegou decididamente na bola, driblou dois adversários e fez um chapéu monumental a Pedro, assegurando, de vez, os três pontos para a sua equipa. Também neste lance, os argozelenses reclamaram muito com o assistente Hélder Nogueiro, por possível fora-de-jogo.
O resultado distinguiu muito bem ao Mãe D’ Água, pois foi, sem dúvida, a equipa que mais acreditou na vitória, só que, mais uma vez, a arbitragem gerou polémica, sobretudo para o lado local.

Campo do CEE

Árbitro – Luís Santiago (A.F. Bragança)
Assistente (bancada) – Ivo Gonçalves
Assistente (peão) – Hélder Nogueiro

Mãe D’ Água – 1 Armando; 2 Alves, 3 Careca (cap.), 4 Tano, 5 Migalhão, 6 Bruno Karones, 7 Rochinha (Marcolino 88’), 8 Tiago (Nuno 85’), 9 Surrateiro, 10 Jorginho (Michel 90’) e 11 Amândio.
Treinador – Marcelo | Genésio
Amarelos – Alves 23 e 37’’, Migalhão 25’, Jorginho 75’

Argozelo – 1 Pedro; 2 Tó (Bruno 81’), 4 Hilário, 5 Lucas (cap.), 6 Joel, 7 Zé, 8 João (Daniel 56’), 10 Assis, 15 Almeida, 16 Hugo e 17 Nelson.
Treinador – António Forneiro
Amarelos – João 43’, Zé 60’, Lucas 68’,

Ao intervalo – 1 – 1
Resultado final – 3-1
Marcadores – 0-1, Nelson 24’; 1-1, Amândio 30’; 2-1, Bruno Karones 13’ e 3-1, Jorginho 35’.