Jogo vivo

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Ter, 08/11/2005 - 16:23


Num estádio bonito, o Bragança venceu e convenceu com os golos de Carlitos e Rui Borges, marcados já na 2ª parte.

No entanto, esta partida teve vários aspectos curiosos para um jogo de 3ª divisão. Primeiro foi a entrega dos jogadores ao jogo e em segundo a forma como conseguem mostrar que as diferenças com outras categorias já são muito poucas.
Durante o jogo destacou-se a forma clara como ambos os clubes jogaram em pressão alta durante 30”, mostrando muita capacidade física. Por outro lado, acabaram por não dar conta do recado quando se tratava de ganhar espaço para criar perigo junto às balizas.
O Bragança acabou por ser mais eficiente, criando mesmo uma grande oportunidade por Pires. O jogador canarinho foi carregado pelo guarda-redes Sérgio, o que deu origem a um penalti que Everton falhou. Na verdade, Everton perdeu uma oportunidade de ouro, nessa altura a vantagem do Bragança não seria justa, tudo devido à grande entrega de todos os jogadores.
No último quarto de hora da primeira parte foi o Bragança a justificar a vantagem, mas ao intervalo o 0-0 mantinha-se no marcador.
Na segunda parte vieram os golos, fruto de uma entrada forte do Desportivo de Bragança. Carlitos e Rui Borges foram os protagonistas dos golos, o primeiro nasceu de um passe magnífico de Everton, com um toque de cabeça a isolar o capitão do Bragança e justiça no placar.

Golo de categoria

O segundo golo não tardou com Rui Borges a correr mais de 40 metros com a bola nos pés e a simular o cruzamento, para ludibriar o guarda – redes Sérgio e acabar por construir sozinho um golo de grande categoria.
A partir daqui, os transmontanos poderiam construir outro resultado, mas seria injusto pela forma como os minhotos deram luta. Entretanto, Carlitos ainda fez um remate ao poste de Sérgio.
O Cabeceirense reagiu sempre aos golos sofridos e Rui Parada foi mesmo obrigado a mostrar a sua boa forma numa grande defesa ao remate de Ruben.
Fica um bom jogo de futebol entre duas grandes equipas. O auxiliar de Alcino Sousa, Pedro Sousa cometeu um grave erro ao assinalar livre indirecto dentro da área do Bragança a favor do Cabeceirense, quando o defesa Lino atrasou a bola para o guarda-redes Rui Parada, com a coxa e não com o pé. Foi um grave erro que poderia modificar o jogo, mas a justiça acabou por imperar.
Para o juiz fica uma nota alta, para o auxiliar nota negativa pelo erro grosseiro que cometeu.

Estádio António José Queirós Pereira
Árbitro – Alcino Sousa (A F Porto)
Cabeceirense – Sérgio; Branco, Zé Amorim, Victor e Leonardo; Jorginho (Chalana 63”), Raul e Chico Fonseca (Hélder 84”); Ruben, João Miguel e Paulo Filipe (Marco Victor 35”.
Treinador – Barrocal

Bragança – Rui Parada; Pedrinha, Fernanda Silva, Lino e Rui Gil; Rui Borges (Toni 84”), Ademar e Rui Nelson (Luís Rodrigues 87”); Carlitos, (Marco Mobile 70”; Pires e Everton
Treinador – Lopes da Silva

Amarelos – Ademar 11”, Sérgio 36”, Victor 38”, Rui Borges 62”, Rui Nelson 75” e Pedrinha 90+3

1ª Parte – 0-0
Marcadores – Carlitos 49” e Rui Borges 62”