IPJ abre gabinete de nutrição

PUB.

Ter, 21/11/2006 - 10:21


A delegação de Bragança do Instituto Português da Juventude (IPJ) abriu, na passada quinta-feira, um gabinete de aconselhamento em nutrição.

Este espaço, que surgiu através de uma parceria com a Sub-Região de Saúde, vai funcionar às quintas e sextas-feiras, prestando apoio gratuito ao nível da alimentação.
Segundo o delegado do IPJ, Vítor Pereira, o gabinete, apesar de estar mais vocacionado para os jovens, está aberto a toda a comunidade.
A ideia surgiu na sequência de um estágio levado a cabo por uma nutricionista no IPJ, do qual resultou uma brochura que reúne alguns conselhos para uma alimentação saudável.
“Os jovens portugueses estão obesos e o distrito de Bragança não é excepção. Por isso, pretendemos contrariar esta tendência através deste gabinete”, salientou Vítor Pereira.
Esta posição é partilhada pela nutricionista responsável pelo serviço, Elisabete Ventura, que afirma que a alimentação saudável é posta um pouco de parte nos dias de hoje.

Ir às escolas para sensibilizar os jovens a terem uma alimentação saudável é o próximo passo

“As possibilidades financeiras permitem aos jovens comerem aquilo que lhes apetece. Além disso, em casa os hábitos dos pais já não são tão saudáveis como se desejaria. Acresce, ainda, as fortes campanhas publicitárias levadas a cabo pelas empresas de fast-food, que acabam por aliciar os jovens”, realçou a nutricionista.
Mesmo assim, Elisabete Ventura mostrou-se optimista, pois há jovens que se preocupam, cada vez mais cedo, com a estética e a sua imagem.
Numa consulta de nutrição, Elisabete Ventura avalia o peso e a altura, traçando um plano alimentar adaptado às características de cada pessoa.
“O objectivo da consulta não é proibir, mas sim controlar, dado que este problema está ligado ao consumo desenfreado de determinados alimentos”, acrescentou a nutricionista.
A par das consultas no IPJ, a responsável afirma que, a longo prazo, deverão ser criadas campanhas de sensibilização nas escolas, para sensibilizar os jovens a apostarem numa alimentação saudável.
“Nas escolas ainda há muito a fazer. Não basta disponibilizar comida saudável nas cantinas, é preciso ensinar os jovens a comer, pelo que as acções de formação são fundamentais”, concluiu Elisabete Ventura.