IPB satisfeito com candidaturas

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Ter, 26/09/2006 - 15:12


O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) registou um aumento de 10 por cento nas candidaturas, segundo dados de Sobrinho Teixeira, responsável da instituição.

No entanto, a Escola Superior de Tecnologia e de Gestão (ESTIG), em especial os cursos de Engenharia, tiveram pouca procura por parte dos novos candidatos ao ensino superior, uma situação que preocupa o responsável. “Portugal necessita de pessoas na área das Tecnologias para promover a modernização e isso só se consegue com a formação de massa crítica”.
O presidente da instituição aponta o dedo ao Governo, uma vez que os alunos têm receio às disciplinas de Matemática, Química e Física, evitando cursos com estas matérias. A solução, na óptica do responsável, passaria pela “implementação de uma medida que promovesse a recuperação dos estudantes relativamente a estas áreas”.
Apesar do número de candidaturas ter ficado, nesta primeira fase, aquém das vagas abertas, Sobrinho Teixeira revela que, só depois das restantes fases e dos resultados do concurso “Para Maiores de 23 Anos” será possível avançar com números definitivos. “Com este concurso especial tivemos cerca de 700 candidaturas, o que nos vai permitir ocupar bastantes vagas”, realçou o responsável.
Assim, para já, os cursos de Engenharia Biomédica (ESTIG), Solicitadoria (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela - ESTGM), Educação de Infância (Escola Superior de Educação - ESE) e as licenciaturas da Escola Superior de Saúde de Bragança (ESSB) preencheram totalmente o número de vagas.
Já Engenharia Agronómica (Escola Superior Agrária - ESA), não registou nenhuma candidatura, enquanto que os cursos de Tecnologias e Sistema de Informação (ESTIG), e Informática e Comunicação (ESTGM) tiveram, apenas, um candidato.

Docentes sem lugar

Uma vez que o financiamento aos estabelecimentos de ensino superior é efectuado em função da qualidade da instituição e do número de alunos, o IPB depara-se com um corte orçamental que ronda os 5,8 por cento, o que pode colocar em causa o lugar de alguns docentes. “Apesar de ainda não termos nada definido, podemos ser obrigados a não renovar alguns contratos de professores”, lamenta Sobrinho Teixeira.
Enquanto que alguns docentes poderão “ser dispensados” pelo IPB, o presidente da instituição reconhece que o número de professores da ESSB é reduzido para responder à crescente entrada de novos alunos.
No entanto, para atenuar esta carência, a ESSB recorre a alguns docentes de outros departamentos, nomeadamente da ESA. “Uma vez que o IPB tem que ser encarado como um todo e algumas matérias de uma escola e da outra são da mesma área, os docentes dão aulas noutros departamentos”, esclareceu o responsável.